O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta quinta-feira (12), tendo a cena política do país como pano de fundo, com as eleições presidenciais cada vez mais próximas.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 0,08%, a R$ 3,8841 na venda, depois de ter fechado o pregão passado com forte alta de quase 2%. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,17% no final da tarde.
"Os mercados globais operam no campo positivo, dissipando parte do movimento de aversão ao risco observado ontem", escreveu a equipe de economistas do banco Bradesco em relatório, referindo-se à afirmação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o comprometimento de Washington com a Otan "continua muito forte".
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No exterior, o dólar era negociado em alta frente a uma cesta de moedas e recuava frente a divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.
Também ajudava no movimento o dado de inflação ao consumidor dos Estados Unidos menor que o esperado em junho, trazendo certo alívio de que os juros na maior economia do mundo não devem subir mais do que o esperado. Mas a atenção sobre guerra comercial global continuavam.
Mas a atenção sobre guerra comercial global continuou, bem como diante da cena política interna, com a aproximação das eleições presidenciais de outubro e negociações entre os principais pré-candidatos. O mercado teme que um político que considere menos comprometido com ajustes fiscais ganhe força e vença a disputa.
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E no campo fiscal, também sugiram notícias que não agradaram os investidores, como o fato de o Congresso Nacional ter aprovado na noite passada a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2019 retirando o dispositivo que proibia a concessão de reajustes aos servidores públicos e criação de novos cargos públicos.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em agosto, no total de US$ 14,023 bilhões.
Com isso, rolou o equivalente a US$ 5,6 bilhões do total que vence no próximo mês. Como tem feito recentemente, o BC não anunciou intervenção extraordinária no mercado de câmbio.