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Empreendedorismo é uma opção de trabalho para os jovens

Com o mercado cada vez mais exigente e concorrido, startups podem ser um caminho para quem sai da faculdade

Economia|Karla Dunder, do R7

Bernardo Pascowitch fala sobre o Yubb
Bernardo Pascowitch fala sobre o Yubb Bernardo Pascowitch fala sobre o Yubb

O empreendedorismo se tornou um caminho para os jovens ingressarem no mercado de trabalho e a partir dessa conclusão, o governo federal lançou o Plano Nacional de Empreendedorismo e Startups para a Juventude, com cursos sobre o assunto.

“Gerações passadas tinham como cultura trabalhar em uma mesma empresa até a aposentadoria, hoje o mundo é muito mais dinâmico e os jovens dão preferência para fazer aquilo que gostam”, observa Daniel Lustig da Mind Factory, empresa especializada em coaching.

Lustig também vê no empreendedorismo um caminho alternativo para o emprego. “Em um mundo cada vez mais tecnológico, o jovem precisa estudar e buscar sempre as melhores ferramentas para se desenvolver e no futuro colocar suas ideias em prática. ”

Carlos Tamaki, diretor financeiro da DMCard e um dos curadores de conteúdo do SuperFórum, evento que aponta tendências para o profissional se adaptar à revolução tecnológica das empresas, observa que muitos postos de trabalho serão substituídos pela automatização. “É importante que os profissionais se atualizem ao máximo, conheçam as novas tecnologias e, mais do que ter a informação, saibam usá-la na prática, a qualificação é o diferencial. ”

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Um estudo realizado pela consultoria americana Mckinsey mostra que 45% dos empregos nos Estados Unidos poderiam ser substituídos por uma tecnologia já desenvolvida. Nesse sentido, o empreendedorismo se mostra como alternativa ao mercado de trabalho formal. “Empreender está mais fácil porque as pessoas têm mais acesso à tecnologia e o valor investido não é tão alto. Tem o risco, mas também o custo é bem menor em caso de erro”, avalia Tamaki.

Para dar o primeiro passo nesse universo de empreendedorismo e de startups é preciso ter disciplina para depois colocar as ideias no papel. “Organização é o primeiro passo. Muitos jovens querem fazer tudo sozinhos, mas isso não é possível. É preciso conhecer bem o universo que querem atuar, buscar informações, estudar o assunto, estipular metas e objetivos para então começar um negócio”, explica Lustig.

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Na prática

Bernardo Pascowitch, de 28 anos, conhece bem o passo a passo para ingressar nesse mercado. O jovem advogado de 28 anos criou a Yubb, um buscador de investimentos em bancos, corretoras e financeiras que atualmente cresce 20% ao mês.

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“As pessoas têm muitos mitos sobre startups, muitas pessoas acham que vão ter mais tempo livre e que logo vão ganhar muito dinheiro, mas não é bem assim,” diz. “Hoje eu trabalho muito mais do que quando atuava em um escritório e lido com as instabilidades da economia, cheguei a vender o meu carro para investir na empresa”, avalia Pascowitch.

Ainda estudante de Direito, em 2012, Pascowitch foi para Londres estudar finanças no King's College em um momento de explosão das startups. “Gostava do curso, mas naquele comento descobri uma área que realmente me interessou e percebi que poderia usar a inovação para melhorar a relação das pessoas com o dinheiro.”

Ideia em mente, faltava colocar no papel. De volta ao Brasil, pediu demissão no conceituado escritório que trabalhava para se dedicar na criação da fintech. Seguiu os passos sugeridos pelas empresas do Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O primeiro passo foi encontrar um problema relevante e que atinja muitas pessoas. Aí está uma oportunidade de negócio. “Ouvi mais de 200 pessoas de áreas diferentes para entender como elas aplicavam o dinheiro, quais informações buscavam e onde.” Primeira validação feita. Pessoas realmente tem dificuldade em investir.

O segundo passo foi apresentar um vídeo de um minuto para 60 pessoas apresentando soluções para o problemas financeiros comuns a todas elas. Neste momento foi possível avaliar o que funcionava ou não.

O terceiro passo foi a criação de um site que validou o interesse das pessoas por investimentos melhores. Bastava acessar a página, informar o quanto queriam investir e obtinham a resposta. 

Em 2015 surgiu a primeira versão aberta ao público e também veio o primeiro erro. “Criamos um rede social de investimentos, as pessoas podiam dar dicas umas para as outras, mas não deu muito certo, percebemos que ninguém quer pagar por mais um serviço na internet e ninguém aguenta mais uma rede social”. Mudar o produto, adaptar para o consumidor ou mesmo ajustar a trajetória faz parte do processo das startups. 

Ajustes feitos, em novembro de 2016 surgiu um buscador de investimentos Yubb. “Descobrimos soluções junto aos usuários. Recebemos uma rodada de investimentos em dezembro passado e hoje contamos com uma equipe de oito profissionais além dos dois sócios. Atingimos em torno de 400 mil pessoas de 2016 para cá.”

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