Os jogadores de futebol, Bruno, Robinho e Daniel Alves, ficaram muito conhecidos por suas carreiras no futebol, mas os três têm algo em comum além disso: foram condenados por cometerem crimes hediondos contra mulheres. No entanto, muitos fãs começaram a questionar como fica o direito à aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no caso deles. As dúvidas surgiram entre os fãs dele, que começaram a questionar sobre este assunto. Por isso, decidimos trazer alguns esclarecimentos. De modo geral, nenhum dos três indicaram que pretendem procurar a autarquia para dar entrada na aposentadoria através da Previdência Social. No entanto, é comum questionar essas questões, ainda mais após os últimos acontecimentos, que podem indicar o encerramento da carreira dele no futebol. Neste caso, a legislação brasileira permite que os jogadores de futebol procurem a aposentadoria através do INSS, sendo uma opção viável para eles. Entretanto, o órgão reforça que, assim como qualquer outro brasileiros, eles devem seguir as regras determinadas para ter acesso ao benefício e realizar as contribuições. Apesar disso, muitos tendem a não procurar a aposentadoria tão cedo ou através de órgão públicos, preferindo aposentadorias privadas, devido a alta remuneração que recebem por estarem em contato constante com a mídia, patrocinadores e clubes de futebol famosos, em que podem, dependendo da situação, ser contratados como técnicos. Aposentadoria para atletas Os jogadores de futebol se enquadram nas regras da aposentadoria para atletas profissionais. Principalmente pela profissão exigir um preparo físico intenso e, ao chegar em uma certa faixa etária, eles acabam entrando com o pedido de aposentadoria. No caso de Daniel Alves, ele já atingiu a idade que atletas costumam se aposentar e já poderia solicitar o benefício. Entretanto, ele deve seguir as regras para esta categoria. Os atletas profissionais, independente do esporte, estão sujeitos aos mesmos direitos e obrigações previdenciárias que outros trabalhadores brasileiros. Dessa forma, eles podem ter acesso as seguintes modalidades de aposentadoria: Aposentadoria por idade: exige que homens tenham 65 anos de idade com pelo menos 20 anos de contribuição; e mulheres, 62 anos com 15 anos de contribuição. Aposentadoria por invalidez: destinada a atletas que, por doença ou acidente, percam a capacidade para a prática esportiva, sujeita à avaliação da perícia médica. Aposentadoria por tempo de contribuição: requer 35 anos de contribuição para homens e 30 anos para mulheres, podendo haver a necessidade de um “pedágio” adicional conforme a idade no momento da solicitação. É importante destacar que os atletas podem somar ao tempo de contribuição os períodos trabalhados em outras profissões, desde que devidamente registrados. Para comprovar o tempo de contribuição, pode-se utilizar a carteira de trabalho, o contrato de trabalho profissional ou certidões emitidas por confederações ou federações esportivas. Relembre os casos O goleiro Bruno ficou conhecido por sua passagem pelo Flamengo e também por um caso polêmico de 2010. Na época, ele foi acusado de envolvimento no desaparecimento e assassinato de Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho. Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e sequestro, além de ocultação de cadáver. Após passar um total de 8 anos e 10 meses preso, Bruno teve sua liberdade condicional concedida em 12 de janeiro de 2023. Em relação a Robson de Souza, mais conhecido como Robinho, é um jogador de futebol brasileiro que se envolveu em um caso de estupro coletivo na Itália em 2013, quando atuava pelo Milan. Em 2020, ele foi condenado em primeira instância na Itália a nove anos de prisão por participação no crime. No entanto, Robinho negou as acusações e recorreu da decisão. Atualmente, está detido no Brasil após a condenação na Itália. Por fim, o caso mais recente é o de Daniel Alves, que foi condenado por estupro na Espanha e permaneceu, por um tempo, em prisão preventiva. Porém, em março, ele conseguiu pagar a fiança e foi solto, podendo voltar ao Brasil. Neste caso, ele havia sido condenado por 4 anos e 6 meses de prisão por agressão sexual contra uma jovem. Os três casos geraram repercussão no Brasil inteiro devido a gravidade dos casos e como eles foram tratados tanto pela Justiça internacional, quanto pela Justiça brasileira. Diversas entidades brasileiras repudiaram as ações dos jogadores e, em alguns casos, cobraram por medidas mais severas para combater os crimes de violência contra mulheres.