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Inflação teve pico em abril e fica alta até setembro, diz banco 

Segundo projeção, variação de 12,1% nos últimos 12 meses foi a mais alta de 2022; índice pode chegar a 8% no fim do ano

Economia|Mariana Botta, do R7

Verduras, legumes e frutas ficaram mais caros por causa da inflação
Verduras, legumes e frutas ficaram mais caros por causa da inflação Verduras, legumes e frutas ficaram mais caros por causa da inflação

Desde fevereiro, a atividade econômica do Brasil vem apresentando melhora, e isso pode se refletir em queda na taxa de inflação até o fim do ano. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em abril, a inflação oficial no país avançou 1,06%, maior alta para o mês desde 1996, e acumulou variação de 12,1% nos últimos 12 meses. "Esse pode ter sido o pico do ano, mas a inflação ainda deve continuar em um patamar elevado, acima de 10%, até setembro. Depois, pode ficar em 8%", diz a economista Julia Gottlieb, do Itaú Unibanco.

Ela afirma que, na história da inflação no Brasil nos últimos anos, uma série de choques na economia causaram a situação atual. "Esses choques começaram no fim de 2020, vieram com a alta nos preços das commodities e a pressão sobre os bens industriais. Com a escassez hídrica, a regulação da tarifa de energia também foi um fator", explica. A economista cita, ainda, um episódio recente, a guerra na Ucrânia: "ela causou nova alta nas commodities, que pressionou a inflação nos serviços, e os choques na inflação global também foram observados aqui", analisa.

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Julia fala que, para entender a situação da economia nacional, é preciso olhar para o cenário internacional. "Há um processo de desaceleração da atividade econômica mundial, mas a inflação está bastante disseminada, tanto nos países emergentes quanto nos desenvolvidos. Houve problemas nos mercados mundiais não só na oferta, mas também na demanda. Eles foram causados pela pandemia, pela guerra e pela política de covid zero da China", conta.

Os bancos centrais de vários países tiveram de subir os juros. "Aqui no Brasil, as projeções de mercado têm sido revistas para cima. Esperamos que o Banco Central entregue mais duas altas de juros de 0,5%; O ciclo deve subir para 13,35%, e encerrar em 13,75% em agosto", finaliza Julia.

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