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Insegurança faz brasileiro ficar apegado à poupança, revela SPC

Pesquisa mostra que a caderneta ainda é a opção mais procurada por quase 70% da população

Economia|Do R7

Apesar de ser modalidade de baixo risco, poupança perde na comparação com outras opções de investimentos
Apesar de ser modalidade de baixo risco, poupança perde na comparação com outras opções de investimentos Apesar de ser modalidade de baixo risco, poupança perde na comparação com outras opções de investimentos

Se normalmente os brasileiros já consideram difícil poupar dinheiro e investir, em meio à atual situação econômica fica ainda mais complicado. Além disso, é preciso ter ainda mais cuidado ao escolher onde colocar a reserva financeira.

Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostra que a poupança é a modalidade de investimento mais popular entre os brasileiros, citada por 69,5% dos entrevistados.

De acordo com o estudo, a maior motivação por trás do investimento na poupança é a busca pela estabilidade, de modo a evitar ao máximo os riscos envolvidos.

A segurança e o desejo de evitar a possibilidade de perda financeira, portanto, são as razões mais citadas para a opção pela poupança (56,1%), e também para outros investimentos, como os imóveis (59,8%) e a previdência privada (39,2%).

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Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, devido à sua liquidez, a poupança pode ser uma boa opção para quem tem valores baixos a serem investidos ou querem ter ganhos a curto prazo.

— Apesar de tratar-se de uma modalidade de baixo risco, é preciso ponderar que a poupança oferece um retorno menor. No último ano, o rendimento ficou muito abaixo da inflação. Mesmo que a poupança ofereça maior liquidez e mais segurança, perde-se na comparação com outras opções de investimentos.

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De acordo com a pesquisa, os consumidores investem pensando em proteger-se contra imprevistos, realizar um sonho ou planejar-se para o futuro. A principal finalidade mencionada corresponde aos imprevistos como doenças ou morte (28,6%), seguida pelo desejo de garantir um futuro melhor para a família (28,0%). Também são citadas a aposentadoria (21,5%), a compra da casa (21,2%) e a reserva para o caso de ficar desempregado (19,5%).

Fundos preferidos

Além da poupança, outras opções de investimento foram pesquisadas pelo SPC Brasil. Cerca de 28,8% dos brasileiros possuem imóveis e 8,9% possuem previdência privada. Em ambos os casos, a segurança é a principal justificativa para a escolha, assim como acontece com a poupança.

Quem opta pelos fundos de investimento afirma que a escolha é motivada, principalmente, pela indicação do gerente do banco (33,8%), sendo que 5,9% dos entrevistados possuem essa opção.

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Entre os brasileiros que possuem dólar (5,5%), o objetivo principal é ter maior rentabilidade sem correr riscos (para 22,9% desses entrevistados). Segundo Marcela, a decisão de olhar para a moeda estrangeira como forma de investimento vem da valorização “surpreendente” registrada pela moeda norte-americana no ano passado.

— De R$ 2,66 no final de 2014, a moeda americana terminou o ano passado sendo cotada a R$ 3,95, uma valorização de 48,5% em um ano, como um dos desdobramentos do conturbado contexto político e econômico vivido no Brasil ao longo do ano. Ainda assim, por conta de sua volatilidade, o dólar não pode ser considerado um ativo livre de risco. 

De olho nas dívidas

Questionados sobre a frequência com que os brasileiros que têm poupança e outros investimentos realizam depósitos, 32,2% dos entrevistados disseram fazer mensalmente e 36,6% não têm frequência certa para fazê-lo. Na média, são cinco aplicações realizadas ao ano.

Considerando o último mês anterior à pesquisa, a média do valor do depósito feito foi de R$ 418 e 60% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder a esta questão.

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Quando recebem uma quantia extra significativa de dinheiro, como o 13º, PLR, entre outros, menos da metade (41,3%) costuma economizar, poupar ou investir este dinheiro e 32,8% usam para pagar dívidas e organizar a vida financeira. Sete em cada dez entrevistados (68,6%) que têm investimentos afirmam ter usado ao menos parte nos últimos 12 meses, principalmente para cobrir gastos mensais e pagar contas em atraso, sobretudo entre as classes C, D e E.

Entre os brasileiros que não possuem qualquer tipo de poupança ou investimento, para 61,9% o principal motivo é o fato de nunca sobrar dinheiro para guardar, 20,7% não têm esperança que com pouco dinheiro juntará um bom valor a longo prazo e 9,9% afirmam não ter disciplina.

Para o educador financeiro do SPC Brasil e do portal Meu Bolso Feliz​, José Vignoli, o brasileiro ainda não incorporou a ação de poupar como um hábito.

— Mesmo nos meses em que o orçamento estiver mais apertado, o ideal é poupar algum valor, ainda que pequeno. Com o passar do tempo e a disciplina dos depósitos frequentes, a tendência é que a reserva cresça e se torne cada vez mais relevante.

De acordo com Vignoli, “poupar é uma questão de foco” e necessita que sejam repensadas as práticas de consumo para tornar o investimento em uma realidade.

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