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Juros do cartão de crédito são os maiores desde outubro de 1995

A taxa acumulada em 12 meses subiu de 410,97% em janeiro para 419,60% em fevereiro

Economia|Do R7

As taxas do cheque especial também seguem em alta e atingiram a maior taxa desde julho de 1999
As taxas do cheque especial também seguem em alta e atingiram a maior taxa desde julho de 1999 As taxas do cheque especial também seguem em alta e atingiram a maior taxa desde julho de 1999

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a subir em fevereiro deste ano tanto para os consumidores (pessoa física) como para as empresas (pessoa jurídica). De acordo com a Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), esta é a 17ª elevação consecutiva.

Em relação aos juros do cartão de crédito, as taxas chegaram ao maior nível desde outubro de 1995. No acumulado em 12 meses, os juros do cartão foram de 410,97% em janeiro para 419,60% em fevereiro. O maior percentual desde outubro de 1995, quando acumulou alta de 459,53%.

As taxas do cheque especial também seguem em alta. Foram de 248,34% ao ano, no acumulado de janeiro, para 255,94% ao ano, em fevereiro. É a maior taxa desde julho de 1999, quando estava em 278,48% ao ano.

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De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos da Anefac, essas elevações podem ser atribuídas ao cenário econômico que aumenta o risco do crescimento nos índices de inadimplência.

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— Esse cenário se baseia no fato dos índices de inflação mais elevados, aumento de impostos e juros maiores reduzirem a renda das famílias. Agregado a isso, o baixo crescimento econômico, o que deve promover no crescimento dos índices de desemprego. Tudo isso somado — e o fato de que as expectativas para 2016 serem igualmente negativas quanto a todos esses fatores — leva as instituições financeiras a aumentarem suas taxas de juros para compensar prováveis perdas com a elevação da inadimplência.

Consumidor

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Das seis linhas de crédito pesquisadas, todas tiveram suas taxas de juros elevadas no mês (juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras).

A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,10 ponto percentual no mês (2,72 pontos percentuais no ano) correspondente a uma elevação de 1,30% no mês (1,91% em doze meses) passando a mesma de 7,67% ao mês (142,74% ao ano) em janeiro de 2016 para 7,77% ao mês (145,46% ao ano) em fevereiro de 2016 sendo esta a maior taxa de juros desde fevereiro de 2005.

Empresas

Das três linhas de crédito pesquisadas, todas foram elevadas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa jurídica apresentou uma elevação de 0,10 ponto percentual no mês (1,92 ponto percentual em doze meses) correspondente a uma elevação de 2,31% no mês (2,90% em doze meses) passando a mesma de 4,33% ao mês (66,31% ao ano) em janeiro de 2016 para 4,43% ao mês (68,23% ao ano) em fevereiro de 2016 sendo esta a maior taxa de juros desde janeiro de 2009.

Taxa básica de juros da economia

Considerando todas as elevações da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março de 2013, tivemos neste período (março de 2013 a fevereiro de 2016) uma elevação da Selic de 7 pontos percentuais (elevação de 96,55%) de 7,25% ao ano em março de 2013 para 14,25% ao ano em fevereiro de 2016.

Nesse período, a taxa de juros média para os consumidores apresentou uma elevação de 57,49 pontos percentuais (elevação de 65,35%) de 87,97% ao ano em março de 2013 para 145,46% ao ano em fevereiro de 2016.

Nas operações de crédito para as empresas, houve uma elevação de 24,65 pontos percentuais (elevação de 56,56%) de 43,58% ao ano em março de 2013 para 68,23% ao ano em fevereiro de 2016.

Futuro

Com base no cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência, a tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses.

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