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Mantega anuncia mais desoneração para empresas que atuam no exterior

Segundo ministro, objetivo é reduzir incertezas jurídicas relacionadas ao sistema tributário

Economia|Do R7, com agências de notícias

Empresas deverão pagar menos imposto na prática, diz Mantega
Empresas deverão pagar menos imposto na prática, diz Mantega Empresas deverão pagar menos imposto na prática, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira (15) a extensão dos benefícios da lei sobre tributação de lucros no exterior para todo o setor manufatureiro.

A legislação, de maio deste ano, concede crédito fiscal de 9% às empresas de alimentos e bebidas, da construção civil e de serviços que atuam fora do país.

Mantega disse, após reunião no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na capital paulista, que o objetivo é diminuir a incerteza jurídica que abrangia essas empresas, porque todas elas acabavam em conflito com o sistema tributário.

— Então, fizemos uma nova legislação normatizando, esclarecendo e dando condições para que as empresas paguem os impostos e, ao mesmo tempo, mantenham a competitividade.

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Na ocasião, o ministro anunciou um decreto estendendo a validade da lei.

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Entenda

As empresas nacionais que atuam no exterior devem pagar ao fisco brasileiro o Imposto de Renda e a Contribuição Sobre o Lucro Líquido referentes à diferença do que já foi pago no país onde operam. A nova lei concede às empresas um desconto sobre o valor devido à Receita Federal.

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O ministro afirma que com a desoneração, se pagará menos imposto na prática.

— (As empresas) poderão usar 9% de crédito. De modo que, se elas pagarem, por exemplo, 25% de imposto no exterior, com 9%, dá 34%[alíquotas cobradas no Brasil], não pagam nada para o Fisco brasileiro.

Segundo Mantega, com o crédito, a maior parte das transnacionais brasileiras ficará isenta de pagar esses tributos no Brasil.

O ministro ressaltou que antes havia insegurança jurídica sobre como deveria ser feito o recolhimento de tributos sobre o lucro no exterior. As empresas deverão passar a pagar parte dos valores que antes eram contestados na Justiça.

— Era um setor que entrava com ações, enquanto a Receita [Federal] entrava com autuações. A lei anterior era falha sob esse aspecto. Eles pagarão o que não pagavam antes.

O ministro também anunciou para o próximo ano alíquota de 3% para o Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras). Pelo sistema, as empresas têm direito a receber crédito tributário de 3% sobre a receita de exportação de produtos.

De acordo com Mantega, as medidas anunciadas visam aumentar a competitividade das empresas brasileiras.

— Em um cenário de crise, é preciso habilitar as empresas brasileiras do setor manufatureiro para que tenham melhor posição no mercado internacional e maior participação no consumo interno.

Manifestação

Durante o encontro do ministro com empresários, a Força Sindical organizou um protesto em frente ao prédio onde fica o escritório da CNI. Cerca de 30 sindicalistas cobraram diálogo do governo com os trabalhadores.

O presidente da central sindical, Miguel Torrer, exige contrapartidas sociais.

— Desoneramos a folha de pagamentos da maioria das indústrias do país, os empresários tiveram ganhos extraordinários, e não teve uma contrapartida. Eles [empresários] continuam mandando embora. A rotatividade [da mão de obra] hoje no país é em torno de 31%.

Participaram da reunião com Mantega representantes de grupos como a Construtora Odrebrecht, a CNS (Companhia Siderúrgica Nacional), a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica), os grupos Gerdau e Marcopolo, a Votorantim Industrial, a Vale, a Camargo Correa e a Natura.

Apoio

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) saudou a medida do governo, afirmando que ela garante tratamento igualitário a empresas brasileiras com operações em outros países.

Segundo presidente da entidade, em nota enviada à imprensa, o que está se procurando fazer é dar uma "isonomia" para o setor competir no mercado interno e externo com as indústrias de outros países.

— No mundo inteiro, todos os países procuram preservar sua capacidade produtiva, principalmente das indústrias manufatureiras.

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