O Ministério da Pesca e Agricultura garantiu R$ 16 milhões para estruturar a cadeia produtiva do pescado no Alto do Paraguai, região de Mato Grosso que ficou empobrecida após o fim da exploração de diamantes.
O ministro da pasta, Marcelo Crivella, assinou convênio com a prefeitura de Nortelândia para investir a verba com o objetivo de transformar a região no mais importante centro produtor de pescados do Estado. O Projeto Estruturante da Cadeia Produtiva do Pescado é o terceiro deste modelo no País.
Pelo menos onze prefeitos da região participaram da solenidade, ao lado do governador do Estado, Silval Barbosa, deputados federais, estaduais e pescadores, que serão beneficiados pelo projeto.
Nortelândia é um município que vem perdendo população, nos últimos anos, em função da falta de alternativas econômicas para a geração de emprego e renda. O município tem grande concentração de aposentados e beneficiários do Bolsa Família.
O Projeto Estruturante prevê a construção de uma estação de alevinagem, que permite a oferta de juvenis para o povoamento de lagoas de criação, de uma unidade de processamento de pescado e de uma fábrica de rações.
Serão beneficiados 15 municípios da região. Mais de R$ 500 mil serão investidos na capacitação das famílias de produtores, em parceria com o Empaer-MT (Orgão de Assistência Técnica do Estado) e com o Sebrae. A meta é organizar uma cadeia produtiva completa, que transforme a região numa importante produtora de pescados.
Geração de emprego
O ministro Crivella comentou a importância do investimento:
— O ouro está na água e é o pescado.
Para ele, há potencial na aquicultura para a geração de emprego e renda em regiões como a de Nortelândia, onde há oferta de água e clima favorável para o cultivo das espécies do Pantanal.
— O que estamos fazendo aqui é multiplicar o peixe, como diz a passagem bíblica e dessa forma proporcionando o surgimento de uma nova cadeia produtiva.
No Mato Grosso, Crivella ainda lançou os parques aquícolas da Hidrelétrica de Manso, com a obtenção de licenças ambientais, do governo do Estado. O licenciamento permite, nas próximas semanas, o lançamento de editais para a concessão pública de áreas para a produção de 8 mil toneladas de pescado por ano.