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Ministro diz que Brasil precisa resolver problemas estruturais para retomar crescimento

Borges vê integração com os países vizinhos um passo importante para recuperar a economia

Economia|Do R7

Mauro Borges participou na tarde desta segunda-feira (25) de um almoço do LIDE
Mauro Borges participou na tarde desta segunda-feira (25) de um almoço do LIDE Mauro Borges participou na tarde desta segunda-feira (25) de um almoço do LIDE

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, reconhece que, embora não esteja passando por uma recessão econômica, o Brasil precisa resolver problemas estruturais para retomar o crescimento, que perdeu seu vigor desde a crise internacional de 2008.

— O Brasil conseguiu evitar a recessão, mas há ajustes fundamentais para serem feitos, como nas relações de trabalho. Estamos trabalhando em três grandes eixos para o aumento da produtividade brasileira.

Borges participou na tarde desta segunda-feira (25) de um almoço do LIDE — Grupo de Líderes Empresariais. Para ele, esse é um momento importante de reflexão, em que é preciso haver uma política coerente de incentivos para enfrentar o saldo negativo de capital humano e da produtividade, em que o papel de indução do Estado é fundamental, mas indústria nacional precisa ser exposta à competitividade internacional.

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— Não podemos esperar ter todos os programas implementados para promover a abertura. 

Os três grandes eixos de atuação do governo brasileiro são o multilateralismo, a aliança comercial com parceiros estratégicos e a integração com a América do Sul. Segundo Borges, as economias pequenas podem resolver seus problemas comerciais por meio de soluções bilaterais. Já o Brasil, por ser um player global, deve se valer do multilateralismo para que consiga alcançar ganho de escala.

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Nas parcerias estratégicas, o destaque do ministro fica para Estados Unidos, União Europeia e China, três blocos econômicos diferentes, que devem receber tratamentos distintos.

— O tratado com a União Europeia já está pronto, no caso dos Estados Unidos representamos um quarto de todo o investimento daquele país no exterior e, em relação à China, devemos nos unir ao inimigo e, para tanto, criamos um banco maior em capitalização do que o Banco Mundial.

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Borges considera a integração com América do Sul um passo essencial para recuperação da economia brasileira e o único jeito para enfrentar o Mercosul. Ressaltou também a importância da recuperação do Brasil para a retomada da economia mundial.

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Quando questionado a respeito das relações Brasil — Argentina, Borges foi enfático ao dizer que, “sem uma linha de financiamento para o comércio Brasil-Argentina, não sairemos do atoleiro”. Apesar disso, ele ressalta que esta não seria uma linha de financiamento do governo, seria uma solução privada de crédito.

Pesquisa

A 98ª edição da Pesquisa Clima Empresarial LIDE-FGV foi realizada com os 263 empresários presentes no Almoço-Debate e mostrou que chegamos ao pior resultado desde que a pesquisa é realizada, há dez anos. “O índice apontou as piores notas em todas as esferas, do municipal ao federal”, avalia Fernando Meirelles, responsável pela pesquisa e presidente do Lide Conteúdo. O índice, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), é uma nota de 0 a 10, resultante de três componentes com o mesmo peso: governo, negócios e empregos.

O fato de poucos empresários acreditarem que irão faturar mais em 2014 do que no ano passado, é um dado preocupante e recorrente. Essa perspectiva, que era de 74% dos empresários em 2011, agora está em apenas 42%. “Na mesma direção caminha o saldo dos empregos: o recorde era 22% empregando em março de 2009 e agora estamos com 17%, um dado de alerta para a economia.”, diz o professor.

Pela primeira vez em 11 anos, o cenário político chegou a 49%, ultrapassando até mesmo a carga tributária, tema de contínua preocupação entre os empresários, que atingiu a marca de 35%. Entre a área que precisa melhorar e o tema mais preocupante para o cenário econômico de 2014, os números apontam educação, com 43%, e política, com quase 76% dos votos, respectivamente.

Sobre a previsão das eleições, o anúncio da candidata Marina Silva à presidência, gerou algumas alterações no cenário eleitoral. A atual presidente Dilma atingiu 17%, refletindo pequena melhora em comparação a julho, que era de apenas 10%. Já o candidato Aécio Neves, que sinalizava 82% no mesmo período, caiu para 64%, enquanto Marina Silva atingiu a marca de 19% das perspectivas. Na esfera estadual, continua o mesmo cenário de julho, onde 90% dos respondentes acreditam que Alckmin vai ganhar as eleições de 2014.

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