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Oito em cada dez empresários não vão contratar neste fim de ano, diz SPC

Baixo volume de contratações está relacionada com a incerteza sobre a recuperação econômica

Economia|Do R7

Comércio e serviços devem contratar 27,2 mil profissionais nas 27 capitais brasileiras e no interior
Comércio e serviços devem contratar 27,2 mil profissionais nas 27 capitais brasileiras e no interior Comércio e serviços devem contratar 27,2 mil profissionais nas 27 capitais brasileiras e no interior

O final de ano traz sempre expectativas para o comércio e o setor de serviços, que costumam ampliar estoques e fazer investimentos para atender a demanda aquecida do Natal. Neste ano, porém, a crise econômica deverá novamente inibir o volume das tradicionais contratações de mão de obra temporária e de trabalhadores efetivos. Diante do cenário, 84,6% dos empresários afiram que não contrataram e nem pretendem contratar trabalhadores para o período.

O levantamento, feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) aponta que apenas 15,4% dos empresários consultados manifestaram a intenção de reforçar o quadro de funcionários para as datas comemorativas.

Se considerado o setor do varejo e serviços, 27,2 mil vagas extras deverão ser criadas nas 27 capitais brasileiras e no interior. O número demonstra um cenário de estabilidade em relação às 24,4 mil geradas no mesmo período do ano passado.

A principal razão citada para manter o quadro de funcionários como está é a falta de necessidade. A maioria dos contratantes avaliam que a equipe atual dará conta do volume de clientes aguardados para o período (46,6%). Outras justificativas são a expectativa de baixa demanda no fim do ano (13,2%) e a falta de dinheiro para pagar mão de obra extra (12,2%).

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Mesmo sem reforçar o tamanho da equipe, 45,9% desses empresários também disseram que não irão alterar a jornada de trabalho de seus funcionários por não haver um aumento significativo no número de clientes. Os que vão aumentar o número de horas trabalhadas por dia da atual equipe são apenas 10,8% da amostra.

Por outro lado, os empresários que pretendem contratar mão de obra temporária visam suprir a demanda que aumenta com a proximidade das festas de fim de ano (63,2%) e aumentar a rotatividade dos funcionários que leva à necessidade de ocupar os cargos disponíveis (14,7%).

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Vendas menores

A baixa intenção nas contratações de temporários tem relação direta com a incerteza de que a economia irá se recuperar e os brasileiros voltarem a consumir. Três em cada dez (31,4%) empresários consultados pela pesquisa dizem acreditar que as vendas neste fim de ano serão piores do que em 2015, sobretudo no setor de serviços (35,4%).

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Os otimistas que esperam aumentar o volume de vendas representam apenas 22,9% da amostra, enquanto 35,6% acreditam que as vendas repetirão o desempenho do ano passado, período também marcado pelas dificuldades da crise.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o clima de desconfiança de parte do empresariado é justificável dado que o País ainda esboça sinais incipientes de recuperação.

— Um dos piores efeitos da crise é a retração do consumo, em virtude do desemprego e da queda do poder de compra. Com o consumidor temeroso de gastar, o empresariado não tem perspectiva de vender mais e não vê necessidade em contratar mais pessoas e fazer investimentos.

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