O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) da FGV (Fundação Getulio Vargas) recuou 0,6% entre abril e maio de 2015, ao passar de 85,6 para 85,1 pontos, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (26).
A coordenadora da sondagem do consumidor Viviane Seda Bittencourt afirma que o resultado positivo de abril não se sustentou e o ICC voltou a recuar em maio.
— O movimento foi determinado pela diminuição da satisfação com a situação presente principalmente no que se refere à situação financeira das famílias. A avaliação desfavorável da situação financeira familiar está relacionada à piora do mercado de trabalho, aceleração da inflação e aumento do nível de endividamento dos consumidores.
Houve piora das avaliações sobre a situação presente e relativa estabilidade das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual recuou 1,5%, de 80,3 para 79,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas variou 0,3%, ao passar de 88,1 para 88,4 pontos.
O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira atual foi que mais influenciou a queda do ICC neste mês. O indicador teve queda de 2,1%, passando de 99,8 pontos para 97,7 pontos entre abril e maio.
A proporção de consumidores que avaliaram a situação do momento como boa foi de 16,2% em maio, ante 16,8% em abril. A parcela dos que a consideram ruim, por sua vez, aumentou de 17,0% para 18,5% no mesmo período.
Com relação às expectativas, o indicador que mede a intenção de compra de bens duráveis nos próximos seis meses manteve a trajetória de queda pelo terceiro mês consecutivo, atingindo o menor nível desde fevereiro de 2009 (71,4 pontos).
A proporção de consumidores que pretendem comprar mais foi de 13,1% em maio, ante 12,6% em abril. A parcela dos que planejam comprar menos, subiu de 39,5% para 40,8%.