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Preço spot da energia ficará no piso em 2016 por chuvas, prevê CCEE

Economia|

SÃO PAULO (Reuters) - O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), utilizado no mercado de curto prazo de energia elétrica, deverá seguir em uma média de 30 reais por megawatt-hora, mínimo permitido pela regulação, durante todo o ano nas regiões Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte, projetou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) nesta segunda-feira.

A previsão deve-se à hidrologia favorável esperada em 2016, após janeiro ter chuvas acima da média na região das hidrelétricas, o que favorece uma rápida recuperação dos reservatórios, explicou o gerente de Preço da CCEE, Rodrigo Sacchi, em videoconferência.

No Nordeste, que passou por forte seca, o PLD, hoje em 139,88 reais por MWh, deverá cair gradualmente até chegar a 30 reais em junho, nível que se manteria até fevereiro de 2017.

Nas demais regiões, os preços devem se manter na casa dos 30 reais por MWh até março de 2017.

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"A hidrologia no Sudeste está adiantada em relação ao normal para esta época do ano... no Norte e no Nordeste, ela está com atraso, (então) é de se esperar que aumentem as afluências, possibilitando uma melhoria da condição energética como um todo", explicou Sacchi.

Nesse cenário, a CCEE projeta que os reservatórios das hidrelétricas do Brasil deverão subir rapidamente até um pico de 77 por cento da capacidade em maio, ante 41 por cento no final de janeiro. Se alcançada essa marca, seria o melhor nível desde maio de 2012.

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A previsão da CCEE considera que usinas termelétricas com custo de operação de até 600 reais continuem ligadas até abril de 2016, quando haveria redução no nível de geração térmica.

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DÉFICIT HÍDRICO MENOR

A expectativa da CCEE é que a melhoria nas condições de chuvas permitam um aumento da geração hidrelétrica neste ano frente a 2015.

Com isso, a Câmara projeta um déficit de geração hídrica em relação à garantia física --que é uma estimativa de quanto essas usinas podem gerar-- de 8,7 por cento em 2016, ante um déficit de 15,7 por cento em 2015.

No ano passado, o alto déficit das hidrelétricas fez as empresas acionarem a Justiça, o que obrigou o governo federal a apresentar um acordo para compensar parcialmente a perda das empresas do setor com a seca.

Com essa negociação, as hidrelétricas puderam escolher passar total ou parcialmente aos consumidores o risco de menor geração já a partir deste ano, em troca de uma redução futura nos preços da energia.

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(Por Luciano Costa)

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