Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Presidente do BC afirma que reformas do governo ajudarão na recuperação do Brasil

Goldfajn aponta que a melhora do ambiente externo também ajuda na retomada econômica

Economia|Do R7

Goldfajn relatou que a recepção na reunião financeira do G-20 à retomada econômica brasileira foi mais positiva do que o imaginado
Goldfajn relatou que a recepção na reunião financeira do G-20 à retomada econômica brasileira foi mais positiva do que o imaginado Goldfajn relatou que a recepção na reunião financeira do G-20 à retomada econômica brasileira foi mais positiva do que o imaginado

O Brasil passará por um período de recuperação robusta, com base em uma combinação de quatro pontos, na avaliação do presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn. O primeiro elemento, de acordo com ele, são as reformas macroeconômicas, que já estão em andamento no País.

Goldfajn citou neste sábado (18) as reformas da previdência, tributária e a trabalhista, como exemplo. O segundo ponto são as reformas microeconômicas, que ocorreram mais no ano passado e tiveram como foco a melhora do ambiente de negócios, como a desburocratização.

O terceiro item citado pelo presidente do BC é o avanço dos investimentos em infraestrutura, enquanto o quarto foi a política monetária. A taxa básica de juros do País está atualmente em 12,25% ao ano e a expectativa no mercado é que a autoridade monetária aumente o ritmo de cortes da Selic nas próximas reuniões de 0,75 ponto porcentual para 1 ponto porcentual.

Goldfajn não quis fazer comentários locais sobe o Brasil, alegando que qualquer fala do presidente do BC pode ser interpretado pelo mercado financeiro como alguma sinalização. Ele falou com jornalistas após a reunião financeira do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, realizada desde ontem em Baden-Baden, na Alemanha.

Publicidade

Recuperação

Goldfajn relatou ainda que a recepção na reunião financeira do G-20 à retomada econômica brasileira foi mais positiva do que o imaginado. "Não que eu imaginasse uma reação negativa, mas poderia ser morna, ok, e não foi", relatou.

Publicidade

Os motivos para a retomada da atividade no Brasil, segundo Goldfajn, são, além das reformas, a melhora do ambiente externo. "há uma percepção de que a recuperação vem junto com esse crescimento no mundo", disse ele, citando que esta é uma das três conclusões a que chegou após o encontro no G-20.

O presidente do BC descreveu o que falou ao grupo sobre a recuperação da economia doméstica e a queda da inflação no Brasil. "Falamos das reformas, da conjuntura com a economia se recuperando, a inflação caindo e que a percepção de risco em relação ao Brasil está melhorando. Um exemplo disso é o CDS (Credit Default Swap, um derivativo de proteção que mede a disposição do investidor de arriscar em um ativo) e dei alguns números para todos entenderem", citou.

Publicidade

A primeira grande percepção sobre o G-20, de acordo com ele, é que todas as regiões do mundo indicam melhora em termos de atividade. "Todo mundo está dando sinal de que momento econômico é bom e até mais positivo do que eu esperava receber", avaliou. Ele falou que os discursos de recuperação da atividade mundial foram bem claros e acrescentou: "não é que os riscos desapareceram, mas a ênfase mudou".

A segunda, continuou, é a intenção de todos os países continuarem a trabalhar junto, sem rupturas. Sobre eventuais as diferenças entre a China e os Estados Unidos, principalmente em relação à abertura comercial, Goldfajn mostrou um tom tranquilo. "Não senti clima de antagonismo, mas de necessidade de conviver. Não vai ser bom para ninguém se houver conflito", declarou.

Regulamentação global

Goldfajn avaliou ainda que o grupo dos 20 países mais ricos do mundo dará prioridade a temas ligados ao comércio e impostos globais antes de se debruçar sobre a regulamentação. Perguntado a respeito da influência do discurso do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a desregulamentação do mercado - inclusive o financeiro - e sobre como isso poderia reverter um processo que foi intensificado em todo o globo, principalmente após a crise de 2008 e 2009, ele disse que não vê a possibilidade de recuo na regulamentação financeira global.

Sobre a situação da maior potência mundial, que está em processo de aceleração da atividade, Goldfajn citou que houve menos ansiedade do que no passado em relação aos efeitos desse crescimento sobre a política monetária. Sobre as expectativas da maioria do mercado financeiro internacional de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) eleve a taxa de juros três vezes este ano, Ilan disse não ter "perspectiva diferente". "Tomamos como dado o que ocorrer e a gente se adequa", limitou-se a dizer.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.