Em agosto, o setor de Serviços recuou 1,0% frente a julho, após queda de 0,8% em julho e alta de 1,3% em junho, na série com ajuste sazonal, segundo os dados sobre atividade econômica revelados, nesta terça-feira, pelo IBGE. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 4,5%.
Em relação a agosto de 2016, na série sem ajuste sazonal, os Serviços caíram 2,4%, e mantiveram a sequência negativa iniciada em abril de 2015. De janeiro a agosto, a queda acumulada é de 3,8%.
Na comparação com julho, os Serviços prestados às famílias interromperam uma sequência de três meses consecutivos de crescimento, e foram a única atividade com queda em agosto (-4,8%).
Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,6%), Outros serviços (1,0%), Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (0,7%) e Serviços de informação e comunicação (0,3%) tiveram variações positivas. As Atividades turísticas, um agregado especial, caíram 3,1%.
Desempenho
O setor de serviços prestados às famílias (-4,8%) foi um dos principais responsáveis pela queda de 1% registrada na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje pelo IBGE. O segmento vinha de três altas consecutivas, mas foi afetado pelos serviços de alojamento e alimentação, que caíram 7,5% no mês. No índice geral, a taxa acumulada no ano é de -3,8% e, em 12 meses, -4,5%.
Estabelecimentos como restaurantes, bares e hotéis vinham de quatro meses de crescimento, mas a alta também foi interrompida em agosto. “Foi um mês de baixo consumo. Houve uma queda generalizada no consumo desses serviços. Foi algo observado em todas as unidades da federação”, explica o gerente da PMS, Roberto Saldanha.
Contribuíram também para a queda do índice geral as baixas em serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias (-2%), de tecnologia da informação (-1,6%), transporte terrestre (-1,1%), armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correios (-0,7%) e telecomunicações (-0,2%).
Os destaques positivos em agosto foram o transporte aéreo (5,3%) e o transporte aquaviário (3,9%), assim como os serviços administrativos e complementares (1,5%). Os outros serviços prestados às famílias - lavanderia, salão de beleza, academia, entre outros – permaneceram estatisticamente estáveis, por sua vez, com variação de 0,1% em agosto.