Ter TV por assinatura no Brasil é um luxo do qual poucos trabalhadores podem desfrutar. Levantamento feito pelo R7 mostra que um pacote com 150 canais e internet em uma grande operadora custa mensalmente cerca de R$ 250 — 12,1% do salário médio (R$ 2.056).
Comparando com outros países, esse patamar é considerado elevado.
Na França, por exemplo, é possível encontrar pacotes com 230 canais e internet ao custo de € 30, enquanto o salário médio é de € 2.912. Dessa forma, os franceses gastam apenas 1% da renda mensal para ter o serviço.
Nos Estados Unidos, o maior mercado de TV paga do mundo, o salário médio mensal gira em torno de US$ 3.000, enquanto o valor médio dos pacotes é US$ 103,10.
Sendo assim, os americanos desembolsam 3,43% da renda pela TV.
Entretanto, é possível encontrar pacotes mais baratos nos EUA. Um plano com 220 canais e internet — Xfinity (Comcast) — sai por US$ 87,90.
Em Portugal, um plano com 183 canais e internet banda larga custa em torno de € 50 por mês. Levando em conta que a renda média do trabalhador naquele país é de € 1.130, os portugueses desembolsam 4,19% dos rendimentos pelo serviço.
Até mesmo na Argentina o custo da TV x salário médio (26.566 pesos) é menor do que no Brasil. Nossos vizinhos gastam cerca de 2,9% para ter acesso ao serviço, se considerado um pacote de 180 canais (778,5 pesos).
No Canadá, um pacote com 156 canais e internet sai por 114 dólares canadenses por mês. O salário médio naquele país é de 3.916 dólares canadenses. Ou seja, um serviço de TV paga consome 2,9% dos ganhos do trabalhador.
Um trabalhador na África do Sul recebe cerca de 18.104 rands por mês, enquanto o custo de um pacote de TV com 140 canais e internet é de 749 rands, ou seja, 4,13% da renda.
Confira qual percentual da renda média do trabalhador um pacote de TV e internet consome mensalmente em outros países:
Chile: 7,10%
Reino Unido: 2,15%
Panamá: 1,98%
Espanha: 1,38%
Um estudo feito pela própria ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) em 2013 já apontava que o serviço no Brasil era o 16º mais caro do mundo, em uma comparação com 47 países.