A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (21) que o grupo alemão do setor agroquímico Bayer pode comprar a concorrente americana Monsanto, mas de maneira “condicional”.
A comissária europeia para a Concorrência Margrethe Vestager anunciou, por meio do Twitter, que a fusão precisa contar com um “pacote de remédios” de alienação de seis bilhões de euros para que a empresa não crie obstáculos ao mercado.
De acordo com Vestager, não vai existir concorrência menor no mercado depois da fusão. “Com remédios que valem 6 bilhões de euros (o equivalente a R$ 24,2 bilhões), aprovamos condicionalmente a aquisição da Monsanto pela Bayer. A concorrência continua eficaz”, escreveu ela.
A Bayer é uma empresa farmacêutica e companhia de produtos químicos. A Monsanto, por sua vez, é empresa líder mundial em herbicidas e engenharia genética de sementes. Antes da venda de ativos para a Basf, dominava também o setor de sementes transgênicas de milho, trigo e soja.
No início deste mês, a Bayer afirmou que tinha negociação em andamento com a Basf para a venda de negócios de sementes da empresa em favor da compra da Monsanto.
Em 22 de agosto de 2017, Bruxelas abriu uma investigação sobre a aquisição da empresa americana para avaliar se a fusão reduziria a concorrência no mercado, que já é concentrado. A empresa alemã, no entanto, se comprometeu a ceder atividades no setor de sementes, pesticidas e agricultura digital, para evitar duplicidade com a Monsanto.
A compra da Monsanto pela Bayer foi anunciada em 2016 e foi considerada um dos maiores negócios da história. Juntas, as duas empresas contam com cerca de 140 mil funcionários e um volume de negócios anual que gira em torno de 23 bilhões de euros (equivalente a R$ 93 bilhões).