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Varejo de eletrônicos prevê 1º semestre de alta nas vendas

Otimismo, entretanto, não é consenso entre os analistas

Economia|

Pesquisa apontou que 32% entre 500 consumidores pretende comprar uma TV de tela fina nos próximos seis meses.
Pesquisa apontou que 32% entre 500 consumidores pretende comprar uma TV de tela fina nos próximos seis meses. Pesquisa apontou que 32% entre 500 consumidores pretende comprar uma TV de tela fina nos próximos seis meses.

A expectativa de aumento nas vendas de aparelhos de TV tem sido destacada pelas principais companhias do varejo de eletrônicos, como ViaVarejo e Magazine Luiza. Há incertezas, apesar disso, sobre a boa performance esperada para o primeiro semestre corresponder às expectativas.

O diretor executivo de Operações do Magazine Luiza, Frederico Trajano, espera que as vendas de TVs subam 40% na varejista em 2014 ante o ano anterior.

- Mesmo quem não acredita que a Copa será um momento positivo para o Brasil como um todo, tem que perceber que será bom para nosso setor.

Pesquisa divulgada pela empresa de consultoria GFK em novembro, com 500 consumidores, apontou que 32% dos entrevistados pretendiam comprar uma TV de tela fina nos próximos seis meses. O item ficou à frente de smartphones (30%) e notebooks (24%).

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Para o diretor de Estudos e Pesquisas do Programa de Administração de Varejo da FIA (Fundação Instituto de Administração), Nuno Fouto, a tendência é de uma desaceleração das vendas de eletrônicos no segundo semestre. Ele destaca que as famílias já estão privilegiando a compra de eletrônicos em detrimento de outros bens, como de vestuário. Mas, segundo ele, deve haver um ajuste de volta para bens não duráveis após a Copa, já que os consumidores vêm adiando as compras desses itens.

Guilherme Assis e Rubem Couto, do grupo financeiro Brasil Plural, lembram que as companhias ainda podem expandir para regiões que não conhecem (o Norte no caso de Magazine Luiza e Nordeste para ViaVarejo) e isso pode mudar a dinâmica de vendas por loja. Mas ainda há precaução no mercado.

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- Investidores devem ficar cautelosos sobre a sustentabilidade dos níveis de crescimento de vendas mesmas lojas. 

Câmbio

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Há também um temor quanto ao câmbio que pode voltar a trazer dificuldades para o varejo em 2014. O setor se verá novamente diante de um dilema diante da possibilidade de o real passar por um novo momento de desvalorização ante o dólar: repassar o ajuste a preços e correr o risco de ver as compras em volume caírem ou manter preços baixos e comprometer as margens de lucro.

A favor do setor, há o incentivo do governo com programas como o Minha Casa Melhor, que oferece R$ 18,5 bilhões em crédito subsidiado para 3,7 milhões de mutuários do Minha Casa Minha Vida. E as vendas de smartphones e tablets seguem com tendência de alta.

O vice-presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Fernando de Castro, destaca que muitas famílias brasileiras devem continuar desejando itens de maior valor agregado e isso tende a beneficiar o varejo de bens duráveis.

- O Brasil teve um aumento de consumidores que estão num novo patamar de compras e isso é sustentável a longo prazo.

As vendas de TVs e smartphones vêm crescendo em níveis muito superiores aos de itens da linha branca e a tendência é de continuidade desse cenário. O faturamento da linha branca apresentou crescimento de 1% no terceiro trimestre deste ano, quando comparado com igual período do ano passado, de acordo com a Gfk. Enquanto isso, os smartphones cresceram 82% e a linha marrom teve alta de 25% puxada pelos televisores de tela fina.

Para Fouto, analista do Provar, após o período mais agitado de 2014, é possível acreditar em vendas mais estáveis no setor. Uma das razões que deve continuar sustentando o crescimento, destacou, é a ainda baixa penetração de alguns itens nos lares brasileiros. Pesquisa da Nielsen indica que apenas 53% dos lares têm micro-ondas. O índice é o mesmo para as lavadoras de roupas.

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