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Dê aula e ganhe um projeto de decoração: ferramenta online permite trocas entre diferentes áreas

Pessoas em 152 países trocam conhecimento pelo Bliive, rede social criada por brasileira

Educação|Giorgia Cavicchioli, do R7

Victor Westmann e Raquel Furchinetti são usuários da rede social
Victor Westmann e Raquel Furchinetti são usuários da rede social Victor Westmann e Raquel Furchinetti são usuários da rede social

Em 2014, a brasileira Lorrana Scarpioni decidiu abrir uma rede social em que as pessoas trocam conhecimento por um banco de horas para aprender coisas novas. Por meio da plataforma, uma pessoa pode trocar uma hora de aula de inglês, por exemplo, por uma hora de meditação. Hoje, são mais de 100 mil usuários em 152 países pelo mundo.

A publicitária Raquel Furchinetti ensina inglês pelo Bliive. Ela foi professora quando tinha 18 anos e fez um curso de intercâmbio para o Canadá. Depois de dois anos dando aulas, ela parou e foi trilhar um novo caminho na sua área. Agora que está desempregada, ela ensina outras pessoas e busca conhecer mais gente pela rede.

— Fiquei pensando o que eu poderia dar de experiência. Aí dou aulas de inglês via hangout. Dei até uma aula para um menino de Rio Branco.

A criadora da plataforma diz que essa foi exatamente a ideia que ela teve quando começou a criação, que custou em torno de R$ 15 mil para ganhar forma.

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— Todas as pessoas têm valor e podem usar seus talentos e conhecimentos para viver novas experiências. Não queremos que as pessoas precisem tomar todas as suas decisões baseadas no medo de não ter dinheiro. Usando a colaboração, podemos diversas coisas.

Foi pensando nisso que, o também usuário do Bliive, Victor Westmann começou a usar a plataforma. Ele é formado em Tecnologia da Informação e ensina técnicas de como fazer contas. Ele diz que sempre gostou muito de “ajudar as pessoas” e que percebeu que estaria fazendo isso ao entrar para a rede.

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— Me inscrevi no site e comecei a responder. Devagar, eu fui ensinando. Eu consegui fazer uma decoração na minha casa de graça. Consegui uma planta que ia custar uns R$ 600.

Ele diz que as pessoas ensinam coisas que dominam e se propõe a ensinar outras pessoas em troca de horas. Westmann afirma que já ofereceu um guia para pessoas que querem comprar coisas com qualidade e preço baixo no centro, por exemplo.

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— Eu não conheço, fora do site, algo que ofereça isso. Serve como um portfólio, é uma vitrine para o seu trabalho e você economiza.

Já Raquel buscou a troca de conhecimento dando aulas de inglês para pessoas com nível básico e intermediário. Ela manda um teste para que a pessoa possa mostrar um pouco do que sabe e ela faz as aulas de acordo com aquilo que a pessoa responder. Depois, durante aproximadamente uma hora, a aula é dada.

— Mas é bom que a pessoa esteja preparada antes. Tem que fazer teste antes porque a conexão pode falhar. Além disso, a gente faz mais conversação. A parte escrita é mais em casa mesmo, então a pessoa tem que se comprometer a fazer atividades em casa para aprender.

Pensando em só melhorar a relação entre os usuários, a criadora da rede social diz que, agora, também vai disponibilizar um novo aplicativo nos próximos meses. Além disso, a plataforma vai sofrer algumas alterações, “além de ter uma presença mais ativa no ambiente off line”.

Pelo o que trocar?

As opções de troca no Bliive são diversas. Westmann, por exemplo, já trocou suas horas de ajuda com matemática por uma aula de culinária com uma dentista, por exemplo.

— É um retorno legal. Eu fiz aula de respiração, que é uma coisa bem diferente.

Diferentemente de Raquel, que trocou seu tempo dando dicas de inglês por uma aula de tarô, por uma massagem de reflexologia e por uma harmonização de chacra, por exemplo.

— A gente não gasta um centavo. Tudo é na base da troca de tempo.

Hoje, o time que trabalha com a criadora da rede social conta com 12 pessoas. Porém, o começo não foi fácil. Segundo Lorrana, “foram quase seis meses tentando parcerias que não deram certo”. Foi aí que ela decidiu pagar os programadores com o dinheiro do estágio que ela fazia na Procuradoria da República e com o valor que os seus pais dariam para sua festa de formatura.

Depois disso, Lorrana diz que ainda precisou superar algumas “batalhas”, mas que conseguiu colocar a rede no ar um ano depois de ter a ideia que veio depois de ela ver dois documentários sobre economias alternativas e colaboração on line.

— A ideia do Bliive, nada mais é, do que uma comunidade de pessoas que trocam uma moeda alternativa que é o tempo em uma plataforma on line com escala global.

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