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Enem: 1º dia de provas começa com redação e ciências humanas

Portões de acesso aos locais do exame foram fechados às 13h, horário de Brasília; participantes terão 5h30 de prova

Educação|Do R7

Começou o primeiro dia de prova do Enem 2021 neste domingo (21) em todo o país
Começou o primeiro dia de prova do Enem 2021 neste domingo (21) em todo o país Começou o primeiro dia de prova do Enem 2021 neste domingo (21) em todo o país

Os portões de acesso aos locais de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foram fechados às 13h (horário de Brasília) em todo o país. A aplicação do exame começou às 13h30 e segue até as 19h deste domingo (21), quando os candidatos terão de responder a questões de linguagens e ciências humanas, além de fazer a redação, em 5h30 de prova.

Antes mesmo da abertura dos portões, os candidatos que fariam a prova do Enem já se concentravam no entorno do prédio da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), no bairro do Maracanã, na zona norte da capital fluminense.

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A estudante Luiza Miranda Fernandes, de 18 anos, mora a apenas 10 minutos de distância do local da prova, no bairro do Grajaú, mas chegou à Uerj ainda no fim da manhã, como parte do esforço de afastar a ansiedade.

“Estou muito nervosa. Eu me preparei, mas vejo o tanto de gente tentando [a prova] também e fico ansiosa”, contou Luiza, candidata a uma vaga de graduação no curso de Enfermagem. “Chegamos antes para nos acalmar, para respirar, para esperar com mais tranquilidade”, relatou.

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A jovem estava acompanhada da mãe, Fabrícia Miranda, que não poupou esforços para motivar a filha. Ela esperaria à porta da universidade até que a estudante terminasse a prova, que se estende das 13h30 às 19h.

“É essencial nesse momento tão importante para eles que a gente esteja ao lado dando apoio, passando tranquilidade”, disse Fabrícia, que relatou ter fugido do noticiário recente sobre os problemas que envolvem a organização do Enem, para evitar transmitir ansiedade para a filha às vésperas da prova. “Preferi não focar isso não só pela minha ansiedade como mãe, mas também para não passar isso para ela. Quero passar tranquilidade, porque ela está muito ansiosa.”

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A estudante Maria Vitória Damasceno, de 19 anos, também teve o apoio da família no dia de prova. Ela chegou acompanhada do pai e do irmão à universidade, onde presta o concurso para uma vaga na graduação em Direito.

“Não estudei como gostaria, por causa do trabalho e do concurso para o Banco do Brasil, mas vou na fé e na força”, declarou. “Prefiro chegar antes, relaxar, dar uma estudada, a chegar atrasada”, completou.

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O estudante Pedro Henrique de Amorim, de 18 anos, que tenta uma vaga no curso de Psicologia, relata não saber o que esperar da prova, especialmente depois de tantas notícias recentes sobre turbulências que envolvem o processo seletivo. "Acho que a redação vai ser o maior desafio”, contou Pedro Henrique.

A pensionista Maria do Socorro de Carvalho, de 83 anos, esbanjava disposição na sua terceira tentativa de conquistar uma vaga na universidade através do Enem. A cearense pretende cursar a faculdade de Administração. “É o meu sonho”, declarou Maria do Socorro. “Não importa a idade, o importante é a força de vontade”, concluiu.

O Enem 2021 tem medidas de segurança contra a Covid-19. Assim como na edição de 2020, o uso de máscara facial é obrigatório desde a entrada até a saída do local de provas. Participantes que estejam com Covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação na Página do Participante.

O Enem ocorre em meio a crise no Inep

No próximo domingo (28,) os participantes fazem as provas de matemática e ciências da natureza. A aplicação do Enem deste ano ocorre em meio a uma crise no Inep (Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que organiza o exame. Trinta e sete coordenadores pediram demissão coletiva neste mês, o que expôs a instabilidade no órgão.

Somou-se a esse cenário a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que disse que a prova estava começando a ter a sua cara. O Estadão revelou na semana passada que, em uma intervenção inédita, a gestão federal selecionou questões e quis driblar regras de acesso ao conteúdo da prova.

O exame será aplicado neste domingo para 3,1 milhões de estudantes que tiveram a inscrição confirmada. É o menor número de participantes desde o ano de 2005, o que expôs a dificuldade de acesso igualitário à educação em um ano marcado pela pandemia e pelo agravamento das condições socioeconômicas.

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