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Assessor corrige Marina Silva sobre uso de jato pela campanha do PSB: "não haverá ressarcimento"

Segundo Walter Feldman, uso de aeronave foi uma doação de empresários pernambucanos

Eleições 2014|Com R7

O coordenador geral da campanha do PSB à Presidência da República, Walter Feldman, admitiu nesta sexta-feira (29) que foi um engano Marina Silva usar o termo "ressarcimento" em entrevista ao Jornal Nacional, nesta semana, ao falar sobre o uso do jato executivo pelo então presidenciável do partido Eduardo Campos. 

— Esse termo [ressarcimento] já foi abandonado.

A polêmica surgiu durante as investigações da PF (Polícia Federal) sobre as causas do acidente de 13 de agosto, quando o Cessna Citation Excel caiu em Santos, matando Campos e outras seis pessoas. A PF descobriu que empresas sem capacidade financeira ou com endereços fantasmas custearam o pagamento de uma dívida de R$ 1,7 milhão para a compra do avião. Um total de seis pagadores (entre empresas e pessoas) fez 16 transferências bancárias para a AF Andrade, antiga proprietária, em troca do uso do jato.

O empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, amigo de Campos, admitiu estar à frente do negócio. Ele afirmou que captou empréstimos para quitar a dívida do financiamento. A operação, no entanto, não foi aprovada pela Cessna, o que manteve a aeronave em nome da AF Andrade. 

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Além das dúvidas com relação à compra do jato por empresários pernambucanos, resta saber como era o contrato de uso da aeronave pela campanha. O deputado federal Márcio França (PSB-SP), que assumiu nesta semana a coordenação financeira da campanha, chegou a dizer que não sabia se o acordo seria "oneroso ou gratuito" para a campanha.

Hoje, no entanto, Feldman tentou contornar a situação. Durante evento de apresentação do programa de governo de Marina Silva, em São Paulo, ele confirmou que o uso da aeronave será registrado como uma "doação".

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Feldman contudo ressaltou que essa frente da campanha era liderada até então pelo PSB, sem participação efetiva dos integrantes da Rede Sustentabilidade.

França, que é presidente do PSB-SP e candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), informou que a campanha prestará contas, na próxima segunda-feira, com informações sobre a contratação do jatinho que era usado por Eduardo Campos.

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— Na segunda-feira o comitê financeiro prestará contas dessa parte.

Segundo França, na segunda-feira as contas ligadas a Campos serão fechadas e, por sua vez, abertas as contas em nome da nova cabeça de chapa. França revelou também que o uso do avião entrará nas contas como "doação" e que isso será legal pois será doação de pessoa física e não de empresa, como veda a legislação eleitoral.

— Não teria problema porque foi uma doação de pessoa física e não empresa.

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