O presidente do PPS, Roberto Freire, aliado de Marina Silva na campanha ao Palácio do Planalto, disse nesta terça-feira (26) que o crescimento da candidata do PSB nas pesquisas eleitorais pode mudar os ânimos e até o "bolso" da campanha.
"O crescimento de Marina é um fato novo em uma campanha nova. A pesquisa muda [a campanha], seja no entusiasmo, seja no financiamento", afirmou Freire durante o primeiro debate ente presidenciáveis realizado nesta terça, na TV Bandeirantes, em São Paulo.
Freire conta que os candidatos do PPS a deputado o pedem para marcar mais eventos com a candidata do PSB.
— Eles querem tirar foto [com a Marina].
Marina tem aproveitado a boa fase atendendo a todo pedido de entrevista. Ao final do debate, ela foi a candidata que mais atendeu a imprensa, sendo a última a deixar o estúdio da TV Bandeirantes.
Pesquisa traz dinheiro?
Apesar da declaração de Freire, membros da coordenação da campanha do PSB minimizam a verba extra que as pesquisas podem atrair.
O presidente do PSB em São Paulo, Márcio França, que assumiu a chefia financeira nesta semana, espera sim receber mais dinheiro, o que não aconteceu até o momento.
— Espero que aumente. O mercado vai saber enxergar quem está comprometido com as mudanças do Brasil.
França declarou ainda que aceitaria receber dinheiro do agronegócio, setor reticente à ambientalista Marina, e até da indústria de armas, tabaco e álcool, setores vetados por Marina.
— Não vejo problema se a doação for legal.
O ex-deputado federal Maurício Rands, coordenador do programa de governo de Marina, também minimizou o efeito da pesquisa sobre a atração de capital.
— [Muito dinheiro] pode até ser ruim. Veja a propaganda da Dilma. Essa coisa ‘hollywodiana’ pode até se voltar contra ela.