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Dados do TSE revelam que nenhum candidato ao Senado pelo Distrito Federal é nascido na capital

Para cientista político, o fato não é visto como problema pelos eleitores

Distrito Federal|Myrcia Hessen, do R7

Dos oito candidatos ao Senado, três são do Rio, dois são de Minas e dois de São Paulo e um de Maceió
Dos oito candidatos ao Senado, três são do Rio, dois são de Minas e dois de São Paulo e um de Maceió Dos oito candidatos ao Senado, três são do Rio, dois são de Minas e dois de São Paulo e um de Maceió

Dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) revelam que nenhum dos candidatos ao Senado Federal pelo Distrito Federal é nascido na capital federal. Dentre os oito candidatos, três são naturais do Rio de Janeiro: Sandra Quezado (PSDB), Robson Raymundo da Silva (PSTU) e José Antônio Reguffe (PDT). Geraldo Magela (PT) e Expedito Mendonça (PCO) nasceram em Minas Gerais. Jamil Magari (PCB-DF) e Gim Argello (PTB) vieram de São Paulo para disputar o pleito no DF. Já Aldemario, candidato do PSOL, nasceu em Maceió (AL).

Entre os candidatos ao governo do Distrito Federal, a situação não muda muito: só Perci Marrara (PCO) nasceu no Distrito Federal. O atual governador Agnelo Queiroz (PT) nasceu no município de Itapetinga, na Bahia. Arruda (PR) e Toninho do PSOL são de Minas Gerais. Já Rollemberg é nascido no Rio de Janeiro.

O Distrito Federal tem 134 candidatos a deputado federal nas eleições deste ano. Dentre eles, apenas 32 são naturais de Brasília (DF), ou seja, 23,8% do total. Já entre os distritais, de 1.021 candidatos, só 282 são nascidos no Distrito Federal, 27,6%.

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Para o cientista político e professor da UnB (Universidade de Brasília), Leonardo Barreto, a situação reflete “a cara de Brasília”. Segundo ele, o Distrito Federal é muito jovem e composto basicamente por migrantes que, muitas vezes, vêm para a cidade justamente por conta da política – que se renova a cada quatro anos.

Outro fator avaliado por Barreto, é a taxa de idade dos candidatos, que geralmente são mais velhos até que a cidade. Então, para o especialista, é natural ter poucos candidatos nascidos em Brasília.

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— Me parece que a situação é compatível com o perfil da cidade. Em outras cidades, onde a política é mais tradicional, isso poderia ser um problema: um candidato não nascido ali talvez não tivesse identidade com o lugar. Mas, não é o caso de Brasília.

Para Barreto, a naturalidade dos candidatos aos cargos eletivos pelo Distrito Federal não determina o voto do eleitor brasiliense e essa situação jamais mudará por conta da constante renovação da cidade.

— Conforme o tempo for passando, você terá uma característica das pessoas nascidas aqui, mas Brasília nunca terá o bairrismo que outras cidades têm. Brasília é uma cidade feita para receber pessoas e de quatro em quatro anos isso acontece com a renovação dos funcionários. A vocação de Brasília é, definitivamente, receber pessoas vindas de outros lugares.

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