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PSDB apoiaria Marina em eventual 2º turno contra Dilma Rousseff

Presidenciável do PSB já descartou participar dos palanques tucanos em PR e SP

Eleições 2014|

Marina Silva aperta a mão de Renata Campos durante velório de Eduardo Campos, em Recife
Marina Silva aperta a mão de Renata Campos durante velório de Eduardo Campos, em Recife Marina Silva aperta a mão de Renata Campos durante velório de Eduardo Campos, em Recife

O PSDB apoiaria formalmente a ex-senadora Marina Silva (PSB) em um eventual segundo turno da eleição presidencial caso seu candidato, o senador Aécio Neves, fique fora da disputa final, disse à Reuters nesta quarta-feira (20) uma fonte do partido.

A avaliação é que tal aliança diminuiria as chances de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, ao unir dois grandes grupos díspares de eleitores que desejam mudança após mais de uma década de governo petista.

A disputa eleitoral tem sido acompanhada de perto por investidores, que esperam por uma mudança no governo após quase quatro anos de baixo crescimento econômico sob a política econômica de Dilma.

Marina descarta palanques do PSDB

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"O Brasil precisa de uma mudança, uma renovação. O País não pode tolerar mais quatro anos [de Dilma]", disse uma fonte tucana de alto escalão, sob condição de anonimato.

Marina vai ser oficializada como candidata do PSB nesta quarta-feira, ao aceitar a indicação do partido após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, candidato original dos socialistas, em um trágico acidente aéreo na semana passada. 

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Ela vai compor a chapa ao lado do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), após o partido conseguir na terça-feira (19) o aval de Renata Campos, viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos, morto no último dia 13 vítima de um desastre aéreo em Santos.

O acidente agitou a eleição de 5 de outubro, levando alguns eleitores a reconsiderarem o voto e também ameaçando as alianças políticas cuidadosamente costuradas nos bastidores da campanha.

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Uma pesquisa divulgada pelo Datafolha na segunda-feira (18) mostrou Dilma estável na primeira posição (36% das intenções de voto), enquanto Marina e Aécio estão empatados tecnicamente na segunda colocação, com 21% e 20%, respectivamente.

O cenário levaria a decisão para um segundo turno em 26 de outubro, já que Dilma ficaria com menos de 50% dos votos válidos.

Sob a liderança de Campos, PSB e PSDB mantinham plataformas similares, mais ao centro e voltadas ao mercado. Os dois partidos negociaram algumas alianças nas corridas estaduais e era esperado que se unissem contra Dilma em um eventual segundo turno.

Marina, por outro lado, é associada a uma agenda de certa maneira mais à esquerda. Ela se filiou ao PSB somente em outubro do ano passado, no que ela mesma descreveu como um arranjo temporário, até que consiga aprovar a criação de seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.

Dada a reputação de Marina de tomar decisões imprevisíveis e as ressalvas de setores mais conservadores em relação à ex-ministra do Meio Ambiente do governo Lula, alguns analistas têm especulado que o PSDB se manteria neutro em um eventual segundo turno entre Dilma e a ex-senadora.

A fonte do PSDB, no entanto, afirmou algo diferente à Reuters. "Esperamos que Aécio esteja no segundo turno e vença a eleição. Mas se for Marina, o PSDB vai apoiá-la", disse, sob condição de anonimato.

A maioria dos eleitores de Aécio apoiaria Marina em um segundo turno, mesmo sem o endosso oficial do PSDB, segundo as pesquisas mais recentes. Mas um apoio formal pode ainda assim ser decisivo, pois mobilizaria a robusta máquina partidária tucana, incluindo uma rede de prefeitos, governadores e parlamentares significativamente maior e melhor organizada do que a do PSB.

Na mais recente pesquisa do Datafolha, Marina aparece com 47% das intenções de voto no segundo turno, acima dos 43% de Dilma, mas em empate técnico no limite da margem de erro. No cenário com Dilma e Aécio, a petista ficaria com 47%, ante 39% do tucano.

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