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Albânia e Macedônia do Norte iniciam negociações para aderir à União Europeia

Os dois países juntam-se à Sérvia e Montenegro, que estão no processo para fazer parte do bloco europeu

Internacional|

União Europeia iniciou as negociações de adesão com a Albânia e a Macedônia do Norte
União Europeia iniciou as negociações de adesão com a Albânia e a Macedônia do Norte União Europeia iniciou as negociações de adesão com a Albânia e a Macedônia do Norte

A União Europeia iniciou nesta terça-feira (19) as negociações de adesão com a Albânia e a Macedônia do Norte. Os dois países aguardam há 8 e 17 anos, respectivamente, em um processo de entrada no bloco que costuma ser longo e complicado.

Ambos juntam-se à Sérvia e Montenegro, outras nações dos Bálcãs Ocidentais que negociam sua adesão à UE.

"É um momento histórico", destacou a presidente do Executivo europeu, Ursula von der Leyen, em coletiva de imprensa em Bruxelas com os líderes da Albânia e da Macedônia do Norte. "É o que seus cidadãos esperaram há tanto tempo e é o que eles merecem", acrescentou. A Macedônia do Norte é candidata desde 2005, e a Albânia, desde 2014.

"Este não é o começo do fim, mas o fim do começo", disse o primeiro-ministro albanês Edi Rama, parafraseando Winston Churchill, para enfatizar as muitas dificuldades a ser superadas ainda pelos dois candidatos.

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Os 27 países da União Europeia concordaram na segunda-feira em iniciar as negociações, um dia após a assinatura de um protocolo entre Macedônia do Norte e Bulgária que levantou os últimos obstáculos.

A Macedônia do Norte já havia encerrado uma disputa com a Grécia, em 2018, ao concordar em mudar de nome, abrindo as portas para a Otan. Mas as da UE ainda estavam fechadas devido a um veto da Bulgária por razões históricas e culturais.

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A posição da Bulgária também impediu o início das negociações com a Albânia, que a UE vinculou às da Macedônia do Norte.

"Novo começo"

Era "uma situação absurda", denunciou Rama, que agradeceu ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, pelo seu empenho em promover o processo durante o primeiro semestre do ano à frente do Conselho da Europa.

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Este é um "novo começo" para a região dos Bálcãs Ocidentais e "será sinônimo de prosperidade e progresso", disse o primeiro-ministro macedônio, Dimitar Kovacevski.

"Com a guerra [na Ucrânia] é muito importante que continuemos unindo nossa família europeia", disse a secretária de Estado francesa para a Europa, Laurence Boone. Segundo sua homóloga alemã, Anna Lührmann, "as próximas etapas serão abertas assim que as mudanças constitucionais forem adotadas" na Macedônia do Norte.

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Como parte de seu acordo, a Macedônia do Norte prometeu modificar a Carta Magna, uma ambição que, no entanto, se mostra espinhosa.

O acordo com a Bulgária permitirá, entre outras coisas, que o macedônio se torne uma das línguas oficiais da UE.

As negociações para a adesão à União serão longas, e a adesão terá de ser ratificada pelos 27 membros da UE, inclusive por meio de referendo em alguns Estados.

Os candidatos devem assumir as obrigações inerentes à adesão e dispor de uma economia de mercado funcional capaz de enfrentar a pressão competitiva dentro da UE.

Outros dois países balcânicos negociam sua adesão à UE: Sérvia, desde 2014, e Montenegro, desde 2012.

A Turquia negocia desde 1999, mas as negociações estão "paradas" desde 2019 devido à deriva autocrática do presidente Recep Tayyip Erdogan e às disputas diplomáticas com a Grécia e outros Estados-membros.

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