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Após protestos, calma volta à fronteira entre Brasil e Venezuela

As manifestações começaram na noite de sexta, após a notícia do suposto estupro de uma estudante indígena de 15 anos por um venezuelano

Internacional|Da EFE

A cidade de Pacaraima, a única passagem oficial da fronteira entre Brasil e Venezuela, estava calma na quarta-feira (12), após vários dias de protestos devido ao suposto estupro de uma jovem por um homem de nacionalidade venezuelana.

Leia mais: Unidade militar venezuelana na fronteira com o Brasil é atacada

A tensão dos últimos cinco dias na cidade desapareceu. A situação parece estar pacificada, pelo menos por enquanto, segundo constatou a Agência Efe.

Os protestos, que incluíram alguns incidentes de violência envolvendo a queima de objetos e bloqueios de estradas, também cessaram, coincidindo com o aumento da presença da Polícia Federal e do Exército.

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Nos últimos anos, Pacaraima tornou-se a porta de entrada para milhares de venezuelanos que decidiram fugir da crise econômica, social e política que assola o país natal. E o fluxo migratório continua.

Nesta quarta-feira, a fila de veículos esperando para entrar no Brasil chegou a 100 metros. As autoridades brasileiras verificaram minuciosamente cada um dos carros.

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Mas não há nenhum sinal de novos incidentes em Pacaraima. Alguns restos de objetos queimados por manifestantes dias atrás ainda podiam ser vistos em um lado da rua, onde existia um clima de preocupação.

As manifestações começaram na noite de sexta-feira, após a notícia do suposto estupro de uma estudante indígena de 15 anos por um cidadão venezuelano, segundo o jornal Folha de Boa Vista.

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Nos dias posteriores, o comércio decidiu fechar devido às manifestações e aos bloqueios na estrada entre Pacaraima e Boa Vista. A principal reclamação dos manifestantes é a falta de segurança na região, por isso exigem que o governo central tome medidas.

"A população está farta de tudo o que acontece nas ruas, da violência, dos roubos, da sujeira... É normal, mas não justificam os surtos de violência", disse nesta semana o padre Jesús de Bobadilla, que oferece ajuda humanitária aos migrantes venezuelanos que chegam a Pacaraima.

Ataque a acampamento

O vice-presidente, Hamilton Mourão, planeja viajar a Roraima nesta quinta-feira para visitar alguns dos abrigos temporários onde migrantes venezuelanos estão sendo assistidos tanto em Boa Vista como em Pacaraima.

Pacaraima já registrou incidentes violentos em 2018, quando moradores da pequena cidade atacaram acampamentos venezuelanos e queimaram pertences dos migrantes.

Esses protestos fizeram com que pelo menos 1.200 venezuelanos decidissem retornar ao país natal e mobilizaram o governo brasileiro, que decidiu reforçar as medidas humanitárias que já vinha implementando.

Medida prática

O governo brasileiro realiza há cerca de dois anos a Operação Acolhida, uma iniciativa apoiada por várias agências internacionais, incluindo Unicef, e que oferece apoio aos migrantes venezuelanos que chegam ao Brasil.

Segundo a ONU, cerca de quatro milhões de venezuelanos deixaram o país de origem para outras partes do mundo desde o final de 2015, um dos maiores fluxos migratórios do planeta.

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