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Argentina anuncia novo acordo sobre dívidas com o FMI

Presidente Alberto Fernández afirmou nesta sexta-feira que negociações resultaram em "menos restrições" para o país

Internacional|

Segundo Fernández, novo acordo permitirá ao país crescer e honrar seus compromissos
Segundo Fernández, novo acordo permitirá ao país crescer e honrar seus compromissos Segundo Fernández, novo acordo permitirá ao país crescer e honrar seus compromissos

A Argentina chegou a um novo acordo de crédito com o FMI (Fundo Monetário Internacional), anunciou, nesta sexta-feira (28), o presidente Alberto Fernández, no mesmo dia em que deve pagar mais de US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões) pelo primeiro vencimento deste ano de uma dívida de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 237 bilhões).

"Quero anunciar que o governo da Argentina chegou a um acordo com o Fundo Monetário Internacional. Comparado aos anteriores que a Argentina assinou, este acordo não contempla restrições que atrasam nosso desenvolvimento", disse o presidente em um discurso gravado.

"Tínhamos uma dívida impagável que nos deixava sem presente nem futuro e agora temos um acordo razoável que nos permitirá crescer e cumprir nossas obrigações com nosso crescimento", disse o presidente, de centro-esquerda.

O acordo deve aliviar o ônus dos vencimentos da dívida concentrados neste ano (cerca de US$ 19 bilhões) e no próximo (mais US$ 20 bilhões). Além disso, havia outro pagamento planejado para 2024 de mais US$ 4 bilhões.

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"Esse entendimento pretende sustentar a recuperação econômica, que já começou. Prevê que não haverá queda do gasto real, e sim aumento do investimento em obras públicas por parte do governo nacional. Tampouco prevê saltos de desvalorização", acrescentou.

A Argentina prometeu reduzir seu déficit fiscal para 0,9% do Produto Interno Bruto em 2024, com metas de 1,9% em 2023 e 2,5% em 2022, informou o ministro da Economia, Martín Guzmán, em entrevista coletiva.

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No ano passado, com crescimento econômico de 10%, o déficit foi de 3%.

O acordo também prevê o crescimento em 2022 de US$ 5 bilhões nas reservas internacionais, que atualmente somam pouco mais de US$ 38 bilhões.

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"Os regulamentos sobre a conta financeira continuarão", disse Guzmán. Na Argentina, o controle cambial está em vigor desde meados de 2019.

'Negociações difíceis'

O governo Fernández iniciou formalmente suas negociações com o FMI em agosto de 2020. Ao longo das conversas, insistiu que o caminho para reduzir o déficit fiscal é o crescimento econômico, e não a redução dos gastos públicos.

O acordo deve ser ratificado pelo Congresso. Além disso, Guzmán afirmou que "ainda temos que trabalhar nos memorandos de entendimento, e isso levará algumas semanas".

"As negociações foram realmente difíceis", disse o ministro. "Houve um trabalho político e técnico muito forte".

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O FMI concedeu à Argentina em 2018, durante o governo do liberal Mauricio Macri (2015-19), um empréstimo de US$ 57 bilhões em meio a uma crise cambial, dos quais o país recebeu cerca de US$ 44 bilhões, uma vez que Fernández renunciou às parcelas pendentes quando assumiu o cargo, em dezembro de 2019.

Em 2020, após reestruturar cerca de US$ 66 bilhões em dívidas com credores privados internacionais, o governo iniciou negociações com o FMI para substituir o acordo de stand-by de 2018 por um acordo de facilidade estendida que prolongasse os prazos de pagamento.

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