Pelo menos 11 civis morreram e outros 33 ficaram feridos ontem à noite depois que seis casas foram destruídas por bombardeios aéreos da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita na província de Eb, no centro do Iêmen.
Segundo informou nesta terça-feira (31) a agência de notícias iemenita Saba, sob o controle do movimento xiita dos houthis, os ataques aconteceram na cidade de Yarin e as casas estavam localizadas ao lado de um quartel da antiga Guarda Republicana, leal ao ex-presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, aliado dos houthis.
A agência não especificou se houve baixas entre os soldados no interior dessa base militar. Os ataques aéreos também continuaram na noite passada em Sana e seus arredores.
Um míssil impactou na aérea de saída do aeroporto internacional da capital iemenita, mas não causou baixas, uma vez que o lugar está fechado e não há funcionários.
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Um segundo míssil destruiu cinco casas localizadas nas proximidades do aeroporto, que também se encontravam vazias porque seus moradores tinham fugido após o começo dos bombardeios nessa área na quinta-feira passada.
Além disso, segundo pôde constatar a Agência Efe em Sana, milicianos houthis percorrem as ruas da cidade em veículos equipados com alto-falantes nos quais divulgam hinos tentando aumentar o moral de seus seguidores.
Na capital, grupos de meninas adolescentes arrecadam doações casa por casa para ajudar à milícia xiita em Sana, de onde centenas de pessoas estão fugindo em veículos carregados com seus pertences rumo a áreas rurais mais seguras.
Além disso, testemunhas da cidade litorânea de Áden afirmaram que os bombardeios aéreos noturnos destruíram a torre de controle e a principal pista do aeroporto internacional local.
Ontem, os milicianos xiitas tinham tomado o controle desse aeroporto, mas hoje não se sabe se ainda permanecem em suas dependências.
Segundo as testemunhas, um número indeterminado de civis morreu ou ficou ferido pelos ataques nas zonas residenciais próximas ao aeroporto.
Por outro lado, 40 civis morreram e outros 250 ficaram feridos ontem nos bombardeios da coalizão árabe contra um acampamento de deslocados no noroeste do Iêmen, segundo denunciou o Ministério de Defesa dos houthis.
À frente de uma coalizão composta por Bahrein, Catar, Kuwait, Emirados, Jordânia, Egito, Sudão e Marrocos, a Arábia Saudita lançou na quinta-feira passada uma ofensiva com o objetivo de conter o avanço das milícias xiitas, contra o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, que se refugiava na cidade sulina de Áden, de onde fugiu no fim de semana.