Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Autoridades investigam suspeito de encomendar assassinato de opositor russo

Internacional|

Moscou, 22 mai (EFE).- A justiça russa investiga um suspeito de encomendar o assassinato do opositor Boris Nemtsov, baleado em 27 de fevereiro perto do Kremlin, afirmou nesta sexta-feira o jornal "Kommersant". Segundo a fonte, o checheno Ruslan Mujadinov, em paradeiro desconhecido, teria prometido 25 milhões de rublos (US$ 500 mil) aos matadores de aluguel, também oriundos da república da Chechênia. "Por ordem do Comitê de Instrução da Rússia (investigação), as forças de segurança da república já estiveram em sua casa e interrogaram seus parentes", diz o jornal. Os parentes responderam que professam o islã tradicional, não estão envolvidos em política e nunca chegaram a debater a controvérsia sobre as caricaturas de Maomé. O "Kommersant" assinala que, quando aconteceu o crime, Mujadinov estava em Moscou e conduzia um Mercedes, precisamente o carro no qual viajava a pessoa que encomendou o assassinato, segundo declarou um dos acusados. Os investigadores, que expropriaram um passaporte e uma fotografia no domicílio de Mujadinov na Chechênia, esperam que algum dos acusados confirme que foi ele quem encomendou o famoso crime. Anteriormente, a Justiça suspeitava de um oficial do Ministério do Interior da Chechênia, Ruslan Gueremeyev, que se exilou nos Emirados Árabes Unidos. Um dos advogados do caso sobre o assassinato de Nemtsov, Vadim Projorov, precisou à agência "RBC" que a instrução investiga há várias semanas o papel de Ruslan Mujadinov como possível organizador do atentado, pelo qual não pode ser considerado como um "novo figurante do caso", como o apresenta o jornal "Kommersant". "Não é nenhum novo figurante. Ruslan Mujadinov é conhecido pela instrução há muito tempo como 'Rusik' do entorno de Ruslan Gueremeyev", de quem era motorista, disse o letrado e acrescentou que "o mais provável é que tenha relação com a organização do crime". Recentemente, o líder da república da Chechênia, Ramzan Kadyrov, se mostrou disposto a prestar depoimento no caso após a solicitação apresentada pelo advogado da família de Nemtsov. O principal acusado do assassinato é Zaur Dadaev, membro das forças especiais da Chechênia e que foi defendido após sua detenção pelo próprio Kadyrov, que o qualificou de "autêntico patriota russo". Os órgãos de instrução russos decidiram prolongar até final de agosto a investigação sobre o assassinato de Nemtsov, que arrecadava material para um relatório sobre a presença de tropas russas no conflito no leste da Ucrânia. O presidente russo, Vladimir Putin, louvou a rápida atuação das forças de segurança por deter os assassinos poucos dias depois do crime e se mostrou convencido de que acharão os responsáveis pelo mesmo. Os parentes e correligionários de Nemtsov insistem que o dirigente opositor foi assassinado por motivos políticos e põem em dúvida o desejo dos investigadores de deter os que ordenaram o crime, perpetrado a poucos metros do Kremlin e da Praça Vermelha. EFE io/ff

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.