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Bangladesh: quatro pessoas são acusadas pelo assassinato de blogueiro

Internacional|

Daca, 31 mar (EFE).- A polícia de Bangladesh acusou nesta terça-feira quatro pessoas pela morte a punhaladas de um blogueiro em Daca, entre elas duas que estão detidas e duas outras foragidas, informou à Agência Efe uma fonte policial. "Quatro suspeitos do assassinato de Washiqur Rahman Babu foram acusados. Os dois que ainda estão foragidos serão detidos em breve", assegurou Biplob Jumar Sarkar, vice-delegado de polícia. Sarkar não deu mais detalhes sobre os suspeitos que ainda não foram localizados, mas confirmou que os detidos, jovens estudantes, reivindicaram a autoria do crime. "Eles confessaram que cometeram o assassinato pela maneira em que compreendem o islã. Se opunham aos escritos da vítima e o mataram por isso", disse a fonte. As forças da ordem afirmaram ontem que o ataque foi perpetrado por três indivíduos, um que conseguiu fugir, sendo o quatro indivíduo envolvido na trama criminosa após os interrogatórios das últimas horas. Washiqur, que ganhava a vida trabalhando em uma agência de viagens, escrevia em diversos fóruns digitais com vários pseudônimos e em seus escritos costumava criticar o extremismo religioso. Na sua página do Facebook, a vítima tinha postado uma foto na qual era possível ler "Não se pode matar as palabras" e "Eu Sou Avijit", em referência a outro blogueiro mais conhecido, o americano de originário do país Avijit Roy, que foi assassinado também por radicais no final de fevereiro. Estes dois ataques serão reavivaram o confronto que existe no país asiático entre as alas islamita e liberal de sua sociedade, uma guerra habitual na rede virtual que às vezes vira realidade. Diversos organismos como a União Europeia (UE) e a Organização das Nações Unidas (ONU) expressaram preocupação nas últimas horas por esta situação em Bangladesh, um país de maioria muçulmana no qual prevalece uma interpretação moderada do islã. Em comunicado, a Anistia Internacional ressaltou que o ataque é "um chamado de alerta" e pediu às autoridades que "criem um ambiente seguro para que os jornalistas e ativistas possam expressar seus pontos de vista". O oficial da polícia contatado pela Efe declarou que "as agências de segurança estão trabalhando para oferecer mais proteção" aos coletivos e pessoas que possam se sentir em posição vulnerável perante este tipo de ataques. EFE igb/ff

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