O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da Rússica, Vladimir Putin, participarão de um encontro virtual nesta terça-feira (7) para discutir o conflito que envolve a Rússia e a Ucrânia.
O presidente americano e seu colega russo já conversaram diversas vezes por telefone e se encontraram em junho em Genebra, uma reunião que a administração Biden considerou positiva no processo para criar uma relação "estável e previsível".
Desta vez, no entanto, o encontro acontecerá em um momento complexo, no formato de videoconferência a partir das 10H00 de Washington (12H00 de Brasília).
Washington e Kiev acusam Moscou de mobilizar tropas na fronteira com a Ucrânia para atacar o país, repetindo o cenário de 2014, quando os russos anexaram a península da Crimeia. Desde então, mais de 13 mil pessoas morreram devido ao conflito.
Os analistas se mostram divididos: muitos pensam que Vladimir Putin está exagerando, mas poucos descartam por completo a hipótese de um ataque.
Se Moscou passar à ação, um alto funcionário da Casa Branca declarou na última segunda-feira (6) que Washington está disposto a responder.
" Os Estados Unidos responderiam afirmativamente a um aumento da presença militar de seus aliados da Otan no leste da Europa. E depois reforçaria o apoio ao exército ucraniano”, afirmou.
Washington estabeleceria sanções econômicas duras ao regime de Putin, mas diferentes das impostas desde 2014 contra a Rússia, que não têm nenhum efeito.
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O alto funcionário da Casa Branca, no entanto, deixou claro que no momento Washington descarta uma resposta militar direta, pois não deseja "estar em uma posição em que o uso direto de suas forças" seja o que prevalece em suas avaliações.
Joe Biden, que já chamou Putin de "assassino", enfrenta em uma situação complexa. O presidente precisa administrar a crise ucraniana com tato para não provocar críticas de seus aliados tradicionais, já indignados após a retirada do Afeganistão, completamente caótica e sem coordenação entre os países.
Joe Biden comunicará pessoalmente ao presidente ucraniano Volodymyr Zelensky o resultado da reunião com Putin. Na segunda-feira ele conversou com aliados europeus para "coordenar a mensagem" e uma "forte solidariedade transnacional", segundo a Casa Branca.