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Bispos pedem que guerrilha paraguaia liberte brasileiro sequestrado

Grupo raptou Arlan Fick no último dia 2 de abril e o  policial Edelio Morínigo em 5 de julho

Internacional|Do R7

Arlan foi sequestrado no sítio rural de sua família na cidade de Quebra Tuyá
Arlan foi sequestrado no sítio rural de sua família na cidade de Quebra Tuyá Arlan foi sequestrado no sítio rural de sua família na cidade de Quebra Tuyá

A Conferência Episcopal do Paraguai pediu nesta quarta-feira (24) ao EPP (Exército do Povo Paraguaio) que liberte o jovem brasileiro de 17 anos e o policial de 24 que mantém sequestrados, apesar dos pedidos de seus familiares para que sejam postos em liberdade para o Natal.

Os bispos paraguaios "apelam ao coração e à consciência dos que mantêm Arlan Fick e Edelio Morínigo como reféns, para que os libertem e lhes permitam voltar para junto de suas famílias", disseram em sua mensagem de fim de ano.

O grupo guerrilheiro sequestrou o brasileiro Fick no último dia 2 de abril e o policial paraguaio Edelio Morínigo no último dia 5 de julho.

— Neste Natal, duas famílias querem e podem viver a felicidade do reencontro com seus entes queridos. As famílias do jovem Arlan Fick e do oficial de polícia Edelio Morínigo esperam abraçá-los e, finalmente, voltar a ter 'uma noite de paz, noite de amor'.

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O governo paraguaio atribui ao EPP 38 assassinatos, entre civis, militares e policiais desde sua aparição, em 2008. O ministro do Interior, Francisco de Vargas, assegurou nesta terça-feira (23) que libertar os sequestrados "é uma prioridade máxima para o governo do presidente Horacio Cartes".

Grupo sequestrou Arlan Fick no último dia 2 de abril e o policial Edelio Morínigo em 5 de julho

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— Aos familiares dos sequestrados, quero dizer-lhes mais uma vez que seus resgates, suas libertações, são uma prioridade para o governo. Não podemos fazer mais que oferecer-lhes esperanças neste momento e dizer-lhes que estamos trabalhando com a finalidade de devolver-lhes seus entes queridos, para que este pesadelo termine já.

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Com a chegada de Cartes ao poder em agosto de 2013, o governo criou a FTC (Força de Tarefa Conjunta), formada por policiais, militares e agentes antinarcóticos, para combater o EPP nos departamentos próximos à fronteira com o Brasil.

A "zona de influência" da guerrilha é, segundo as autoridades, a fronteira entre os departamentos de Concepción e San Pedro, por onde também se estendem as rotas do tráfico de cocaína e maconha, da qual o Paraguai é o principal produtor da América do Sul.

Vídeo e troca 

No último dia 22 de outubro, o governo divulgou um vídeo da guerrilha no qual um porta-voz do grupo armado dava o dia 1º de novembro como prazo para pôr em liberdade meia dúzia de seus presos em troca da libertação de Morínigo. A exigência foi rejeitada pelas autoridades.

"A situação não mudou. Ambas partes seguem na mesma situação e a posição do governo é a mesma", explicou à Efe em entrevista no mês passado o porta-voz da FTC, o tenente-coronel Víctor Urdapilleta.

O EPP já havia tentando trocar Morínigo por prisioneiros no dia 30 de setembro, quando se achou uma carta na qual se propunha o mesmo tipo de acordo, mas com um prazo que expirava em 14 de outubro. Após a rejeição do governo à oferta, o EPP lançou um novo ultimato, desta vez por meio do vídeo, em cujas imagens também se via e escutava Morínigo.

Junto a ele aparecia também o brasileiro Fick, que declara no vídeo que "o EPP cumprirá com o prometido a seus pais". Dias depois do sequestro de Fick, sua família assegurou que tinha cumprido as condições impostas pela guerrilha para sua libertação. Essas condições foram o pagamento de um resgate de US$ 500 mil e a distribuição de alimentos em várias comunidades pobres do departamento de Concepción, a área de influência do EPP. 

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