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'Cessar-fogo não é realista', afirma Macron sobre conflito na Ucrânia

Presidente diz que União Europeia deve demonstrar apoio a ucranianos, mas não vê o país aderindo ao bloco durante a guerra

Internacional|

Presidente Emmanuel Macron em encontro com líderes da União Europeia
Presidente Emmanuel Macron em encontro com líderes da União Europeia Presidente Emmanuel Macron em encontro com líderes da União Europeia

O presidente da França, Emmanuel Macron, admitiu nesta quinta-feira (10) que considera complicado encontrar uma solução diplomática para a guerra entre Rússia e Ucrânia no curto prazo, mas ressaltou que a União Europeia deve seguir comprometida para oferecer uma resposta que esteja à altura.

"Estou preocupado e pessimista. É por isso que também acredito que a Europa deve estar à altura da ocasião. A Europa está unida diante desta guerra e isso é muito importante. Deve se preparar para todas as possibilidades", afirmou antes da cúpula informal de chefes de Estado e de governo em Versalhes, que se encerra na sexta-feira (11).

Macron, anfitrião desta reunião dado que a França ocupa a presidência rotativa do Conselho da União Europeia, insistiu que, embora mantenha o diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, sendo "honesto", não acredita que alcançar um cessar-fogo "nas próximas horas seja um cenário realista".

A guerra na Ucrânia, lançada pela Rússia em 24 de fevereiro, está no centro da agenda desta cúpula, a primeira em nível de chefes de Estado e de governo desde essa ofensiva, que discutirá também seu impacto e a estratégia a ser seguida para manter a soberania europeia.

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"Os elementos críticos são a defesa e a energia. No curto prazo, queremos proteger plenamente os nossos cidadãos, as nossas empresas, com a subida dos preços. Vários países já tomaram decisões. A França bloqueou os preços do gás. Se durar mais tempo, será necessário um mecanismo mais duradouro em nível europeu", avaliou.

A Comissão Europeia será encarregada de preparar os textos necessários entre agora e a cúpula no fim de março. Esta reunião informal, acrescentou, "é muito importante" para avaliar em que ritmo os europeus podem reduzir a dependência energética externa, eliminar essa "vulnerabilidade" e ver formas de encontrar outros fornecedores.

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A reunião também discutirá a candidatura formal da Ucrânia à adesão à União Europeia.

"Podemos abrir um processo de adesão com um país em guerra? Não creio", admitiu, não sem reconhecer que deve ser enviado um "sinal forte" aos ucranianos e deixar claro que a porta não está definitivamente fechada.

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O candidato à reeleição no pleito de abril enfatizou que a União Europeia deve também realizar uma reflexão interna. "A Europa tem de mudar. Mudou com a pandemia e vai mudar ainda mais com a guerra. Deve nos levar a ser lúcidos, ambiciosos", afirmou.

Macron não quis entrar em detalhes sobre a possibilidade de o bloco europeu voltar a se endividar para lidar com as consequências da guerra.

"Primeiro temos de obter um cessar-fogo para proteger os ucranianos e a nossa Europa. Penso que não devemos iniciar uma discussão sobre instrumentos antes de termos esclarecido a discussão sobre os objetivos", declarou.

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