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Chile condena 28 ex-agentes de Pinochet por sumiço de opositor

Decisão da Corte Suprema de Santiago foi unânime. Quatro homens foram sentenciados a 13 anos de prisão e outros 24 vão cumprir entre 5 a 10 anos 

Internacional|Da EFE

Opositor sumiu durante ditadura chilena em 1994
Opositor sumiu durante ditadura chilena em 1994 Opositor sumiu durante ditadura chilena em 1994

A Justiça do Chile condenou nesta segunda-feira (2) 28 ex-agentes da Direção de Inteligência Nacional (Dina), o órgão de repressão da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), pelo desaparecimento forçado de um opositor em 1994.

A decisão da Corte Suprema de Santiago foi unânime ao julgar a atuação dos ex-agentes no caso de Teobaldo Antonio Tello Garrido, um dos 119 alvos da Operação Colombo, criada pela ditadura chilena para encobrir o desaparecimento de presos políticos com a colaboração de órgãos de repressão da Argentina e do Brasil.

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Nos dois países foram publicadas edições únicas de jornais que afirmavam que os desaparecidos tinham morridos em expurgos do Movimento de Esquerda Revolucionária, versão que foi reproduzida pela imprensa chilena na época.

A Corte Suprema de Santiago determinou uma pena de 13 anos de prisão para os generais César Manríquez Bravo e Raúl Iturriaga Neumann. Os brigadeiros Pedro Espinoza Bravo e Miguel Krassnoff Martchenko receberam a mesma sentença. Os quatro foram considerados autores do crime de sequestro qualificado de Tello Garrido.

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As penas dos outros 24 condenados vai de 5 a 10 anos de prisão.

Na decisão, a Justiça do Chile ainda afirmou que Tello Garrido foi alvo de torturas praticadas por agentes da Dina enquanto foi mantido preso nos centros de detenção de Ollagüe, Villa Grimaldi e Cuatro Álamos.

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Para os juízes que analisaram o caso, não há dúvidas de que os condenados praticaram um "crime contra a humanidade", uma ação que fazia parte de um "ataque generalizado e sistemático contra um grupo determinado da população civil, formado, neste caso, por membros do Movimento de Esquerda Revolucionária".

O governo do Chile também foi condenado a pagar US$ 110 mil para os familiares da vítima.

Durante o regime de Pinochet, 3,2 mil pessoas foram assassinados por agentes do Estado, entre as quais 1.192 ainda seguem como desaparecidas. Outras 40 mil foram presas e torturadas por causa de suas preferências políticas.

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