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Chile condena 6 por assassinato do ex-presidente Frei Montalva

A decisão é sem precedentes na história do Chile. Esta é a primeira vez que a Justiça condena alguém pelo homicídio de um presidente

Internacional|

Exumação confirmou envenenamento
Exumação confirmou envenenamento Exumação confirmou envenenamento

O juiz chileno Alejandro Madrid condenou nesta quarta-feira (30) seis pessoas por participação no homicídio do ex-presidente Eduardo Frei Montalva, em 1982.

O juiz, que faz parte do Tribunal de Apelações de Santiago, condenou um funcionário civil da Central Nacional de Informações (CNI), a polícia política da ditadura de Pinochet, o ex-motorista de Frei Montalva e quatro médicos que atenderam o ex-presidente na Clínica Santa María, onde ele morreu em 22 de janeiro de 1982.

A decisão é sem precedentes na história do Chile. Esta é a primeira vez que a Justiça condena alguém pelo homicídio de um presidente. Na sentença, de mais de 800 páginas, Madrid considera o médico Patrício Silva como autor do homicídio e decreta uma pena de dez anos de prisão, a maior entre os seis condenados.

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Motorista pessoal do ex-presidente e informante do CNI, Luis Becerra, e Raul Lillo, agente civil da polícia secreta, foram condenados a sete anos de prisão como coautores do homicídio.

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Pedro Valdívia, considerado como cúmplice do crime, recebeu uma pena de cinco anos de prisão, que poderá ser cumprida em liberdade. É o mesmo caso dos legistas Helmar Rosenberg e Sergio González, condenados a três anos de reclusão por, na avaliação de Madrid, terem ajudado os autores do homicídio a encobri-lo.

Frei Montalva, que liderava uma incipiente oposição à ditadura de Pinochet antes do assassinato, morreu durante uma cirurgia digestiva de menor gravidade na Clínica Santa María.

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Depois de 19 anos de investigação, o juiz responsável pelo caso concluiu que o ex-presidente foi assassinado na clínica, uma hipótese defendida desde o início por Carmen Frei, filha de Frei Montalva, que entrou com a ação na Justiça do Chile.

A possibilidade de o ex-presidente ter sido envenenado no hospital ganha força desde 2006, quando seus restos mortais foram exumados. Três anos depois, Madrid confirmou que ele havia morrido após ser envenenado com substâncias tóxicas e começou a investigar a participação de mais pessoas no assassinato de Frei Montalva.

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