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Conflitos no Mali deixaram quase 300 mortos em 2018, diz ONU

O Gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas disse estar 'profundamente preocupado' com o aumento da violência no país africano

Internacional|Carolina Vilela* do R7, com Reuters

Pelo menos 289 civis foram mortos este ano
Pelo menos 289 civis foram mortos este ano Pelo menos 289 civis foram mortos este ano

Cerca de 300 civis malineses foram mortos em combates entre milícias rivais este ano, informou o escritório de direitos humanos da ONU na terça-feira (17), enquanto a violência entre as comunidades ameaça o país.

O Gabinete de Direitos Humanos das Nações Unidas disse estar "profundamente preocupado" com o aumento da violência intercomunitária no Mali, que levou a sérios abusos dos direitos humanos por grupos de milícias.

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O diretor de direitos humanos da missão da ONU no Mali (MINUSMA), Guillaume Ngefa, disse que a operação investigou relatos de que há assassinatos seletivos entre comunidades.

"Nós recebemos informações, enviamos missões para o campo, que concluíram que as comunidades estabeleceram e criaram milícias, e então essas milícias foram responsáveis ​​por sérios abusos contra membros de algumas comunidades", disse Ngefa.

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Segundo a MINUSMA, pelo menos 289 civis foram mortos em 99 incidentes de violência comunitária desde o início do ano de 2018.

Mais de 75% dos incidentes ocorreram na região central de Mopti, no Mali, com mais da metade tendo acontecido desde 1º de maio.

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A MINUSMA também afirmou que documentou uma escalada nos ataques supostamente realizados por Dozos (caçadores tradicionais) e elementos das milícias Dogon contra aldeias ou partes de aldeias ocupadas principalmente por membros da comunidade Fulani.

Os Dozos, também conhecidos como Donzos, foram envolvidos em um conflito de longa data com os pastores Fulani por terras, pastos e direitos sobre a água.

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"O modus operandi daqueles que cometeram esses sérios abusos mudou. Na maioria das vezes, temos caçadores tradicionais, os Dozos, que agora estão usando armas mais sofisticadas para conduzir os ataques", acrescentou Ngafa.

Os malianos se dirigem às urnas em 29 de julho para uma votação destinada a traçar uma linha sob seis anos de agitação política, ataques jihadistas e confrontos étnicos.

Mas a situação degenerou nos últimos meses e se espalhou para os países vizinhos.

A França interveio no deserto do norte do Mali, em 2013, para expulsar os militantes islâmicos que ameaçavam marchar sobre os principais centros populacionais do sul.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão

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