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Deputados investigarão se premiê britânico mentiu sobre festas durante confinamento

Boris Johnson e mais dezenas de assessores e funcionários se reuniram na casa oficial do primeiro-ministro para festa

Internacional|

Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em visita oficial à Índia
Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em visita oficial à Índia Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, em visita oficial à Índia

Uma comissão parlamentar vai investigar se o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, mentiu aos deputados no âmbito do "partygate", o escândalo sobre as várias festas organizadas em Downing Street durante os confinamentos da pandemia e que ameaçam a permanência no poder.

Por consenso, sem a necessidade de uma votação formal, a Câmara dos Comuns aprovou nesta quinta-feira (21) uma moção apresentada pelo opositor Partido Trabalhista para que o chamado "comitê de privilégios" investigue se Johnson enganou o Parlamento quando, em dezembro, negou que seu gabinete tenha infringido as regras contra o coronavírus impostas por ele mesmo.

No entanto, isso não começará até que a polícia conclua suas investigações e a alta funcionária Sue Gray apresente o relatório completo de sua própria investigação interna. Não há data para esses resultados.

Depois, o trabalho do comitê pode levar meses para determinar se a conduta de Johnson violou as regras parlamentares.

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A oposição afirma que o primeiro-ministro mentiu conscientemente e que a multa imposta pela polícia na semana passada, tornando-o o primeiro chefe de governo sancionado por violar a lei, prova isso.

"Este debate é sobre honestidade, integridade e dizer a verdade neste lugar", afirmou o líder trabalhista Keir Starmer dando início a um debate que durou cinco horas.

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A bancada do governo estava extraordinariamente vazia, prevendo um alto índice de abstenção dos conservadores, o que acabou dando vitória à oposição e pôs em questão o apoio de Johnson entre os 359 deputados de suas próprias fileiras.

O primeiro-ministro também não participou do debate, pois está viajando para a Índia.

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"Não quero que isso continue para sempre. Mas honestamente não tenho nada a esconder", declarou Johnson a repórteres.

Depois de tentar, na noite de quarta-feira (20), adiar a votação por meio de uma emenda, 15 minutos antes do início do debate o executivo decidiu não apresentá-la, o que muitos atribuíram à possibilidade de uma rebelião conservadora.

E ainda mais: o partido do governo deu aos seus deputados liberdade para votar na moção da oposição.

"Vou votar 100% a favor", anunciou o Steve Baker, pedindo a renúncia de Johnson: "O primeiro-ministro já deveria ter ido embora".

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Mas, em vez de votar, muitos de seus colegas conservadores optaram por se abster para não colocar seus nomes no que pode parecer uma tentativa de encobrir a conduta do controverso primeiro-ministro em relação ao partygate.

A polícia de Londres está investigando há semanas uma dúzia de eventos ocorridos durante os confinamentos de 2020 e 2021, desde celebrações de Natal a festas de despedida.

Até agora, impôs cerca de 50 multas, incluindo a de Johnson pela uma festa de seu 56º aniversário, realizada em 19 de junho de 2020 com dezenas de pessoas em seu gabinete.

Pesquisas mostram que a popularidade do primeiro-ministro continua declinando entre a opinião pública. E a oposição espera que isso se reflita nas eleições municipais de 5 de maio.

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