Uma pesquisa realizada pela Universidade Livre de Berlim e publicada nesta semana revelou que um de cada cinco alemães são favoráveis a uma revolução para mudar o país.
O levantamento mostra que 20% dos alemães acreditam que reformas políticas não melhoraram as condições de vida do país e por tal motivo é necessário um processo de mudança mais radical, como uma revolução.
Tal movimento foi identificado como sendo oriundo de ideias contrárias ao capitalismo, ao fascismo e o racismo.
Segundo o estudo, 60% da população considera que não existe uma democracia na Alemanha, e que o país se transforma dia após dia em uma ditadura.
De acordo com os entrevistados, o principal motivo para a deterioração da democracia está a influência da economia na política.
Dresden, o bastião do movimento anti-Islã que divide a Alemanha
Para um terço dos entrevistados, o capitalismo inevitavelmente leva à pobreza e à fome.
A investigação também comprovou que as manifestações recentes do grupo anti-islâmico Pegida, refletem as tendências xenofóbicas da cultura alemã.
O Estado e os dissidentes
Durante a pesquisa, 50% dos entrevistados afirmaram que já foram vigiados pelo governo e que a violência das autoridades com os cidadãos aumentou, 27% menciona ter medo de uma nova espionagem, para eles a Alemanha converteu-se em uma ditadura.
No entanto, a extrema-direita com apoio da polícia declararam ter sido vítimas de ataques dos esquerdistas. Um deles foi o atentando contra a delegacia de Leipzig em janeiro, quando opositores atiraram pedras no local e incendiaram todos os veículos.
O estudo entrevistou cerca de 1.400 pessoas, os dados foram compilados em um livro.
Pequena e corajosa: com apenas três anos, menina salta de parapente com seu pai na Alemanha