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Dois jornalistas da Reuters são presos em Mianmar sob acusação de violar segredos oficiais

Internacional|

YANGON (Reuters) - O governo de Mianmar informou nesta quarta-feira que a polícia prendeu dois jornalistas da Reuters, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, que estavam trabalhando em matérias sobre uma repressão militar contra a minoria muçulmana rohingya no Estado Rahkine que causou a fuga de quase 650 mil pessoas para o vizinho Bangladesh.

O Ministério da Informação disse em um comunicado na página do Facebook que os jornalistas e dois policiais enfrentam acusações sob a lei de segredos oficiais da era colonial britânica. A lei de 1923 tem uma pena de prisão máxima de 14 anos.

Os repórteres "adquiriram informação ilegalmente com a intenção de compartilhá-la com a mídia estrangeira", disse o comunicado, que foi acompanhado por uma foto dos dois em algemas.

A nota informou ainda que eles estavam detidos em uma delegacia nos arredores de Yangon, a principal cidade do país.

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Wa Lone e Kyaw Soe Oo desapareceram na terça-feira à noite depois de terem sido convidados para uma reunião com oficiais da polícia durante o jantar.

A chefe global de comunicação da Reuters, Abbe Serphos, disse: "Estamos urgentemente buscando mais informações sobre as circunstâncias da prisão deles e sobre sua situação atual".

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Wa Lone, que entrou na Reuters em junho de 2016, tem relatado uma gama de histórias, incluindo a crise dos refugiados rohingya no Estado de Rakhine. Kyaw Soe Oo tem escrito para a Reuters desde setembro.

A embaixada dos Estados Unidos em Yangon disse em um comunicado divulgado em seu site na quarta-feira que "estava profundamente preocupada com as prisões altamente irregulares de dois jornalistas da Reuters depois que eles foram convidados a se reunir com agentes da polícia em Yangon ontem à noite".

"Para uma democracia ter sucesso, os jornalistas precisam ser capazes de fazer seu trabalho livremente", disse a embaixada. "Instamos o governo a explicar essas prisões e permitir o acesso imediato aos jornalistas."

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