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Egito deve agir contra manifestantes pró-Mursi na 2a-feira

Internacional|

Por Yasmine Saleh

CAIRO, 11 Ago (Reuters) - A polícia do Egito deve começar uma ação cedo na segunda-feira contra os apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi reunidos em acampamentos no Cairo, afirmaram no domingo fontes de segurança e do governo, numa medida que pode agravar a crise política no país.

Os acampamentos são os principais pontos de foco de confronto entre o Exército, que derrubou Mursi, e os que o apoiam e querem que seja reconduzido ao cargo.

Qualquer outro incidente de violência deve agravar a crise política no país, num momento em que o governo deveria se debruçar sobre questões vitais como a frágil economia.

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"Tropas de segurança do Estado vão ser destacadas para a área dos acampamentos no amanhecer para dar início aos procedimentos que podem finalmente levar à dispersão", disse uma alta fonte de segurança, acrescentando que o primeiro passo será cercar os acampamentos.

Outra fonte da área de segurança afirmou que a decisão de tomar uma ação, logo depois das celebrações do mês sagrado do Ramadã, foi tomada após uma reunião entre o ministro do Interior e assessores.

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"O primeiro passo em direção ao fim das vigílias será dado ao amanhecer, quando os manifestantes estarão cercados", disse uma autoridade do governo.

Apoiadores de Mursi, principalmente membros da Irmandade Muçulmana, transformaram os acampamentos em algo parecido com fortalezas. Sacos de areia e pilhas de pedras grandes foram espalhados por todos os lados.

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Guardas com paus usam capacetes de moto, em antecipação a um ataque que demandaria às forças de segurança invadir uma área muito congestionada de pessoas, incluindo crianças.

Autoridades egípcias avisaram aos manifestantes para deixar os acampamentos ou enfrentar as consequências. Alguns manifestantes que apoiam Mursi estão cada vez mais nervosos, com medo de que a polícia possa invadir o local a qualquer momento.

"Eles cortaram a eletricidade", disse um manifestante por telefone. Posteriormente, o governo emitiu um comunicado dizendo que o apagão no maior acampamento, no nordeste do Cairo, não foi intencional.

A maioria dos apoiadores de Mursi permanece desafiadora e gasta seu tempo nos acampamentos com a leitura do Alcorão e ouvindo os líderes da Irmandade e clérigos, que ministram palestras sob o calor sufocante.

Milhares de simpatizantes marcharam de seu acampamento perto de Universidade do Cairo através do centro da cidade e até o outro acampamento, em Rabaa al-Adawiya, no domingo.

"Sim, sim para o nosso presidente Mursi", gritavam, erguendo a bandeira egípcia e cartazes de seu líder deposto.

(Reportagem de Yasmine Saleh)

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