Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Em 2013, cerca de 179 mil católicos alemães deixaram de ser crentes

Escândalos e impostos afastam os alemães das igrejas

Internacional|Do R7, com EFE

Os impostos e os diversos escândalos que afetam a igreja alemã afastam os fiéis, segundo revela o relatório que a DBK (Conferência Episcopal Alemã) realiza todos os anos sobre a situação em suas dioceses. Cerca de 179 mil católicos deixaram de ser crentes durante 2013, o que significou 60 mil a mais do que no ano anterior, quando menos de 120 mil pessoas abandonaram a igreja.

Isto fez com que o saldo total de católicos na Alemanha caísse de 30,3% a 29,9%, com cerca de 24,2 milhões fiéis recenseados. O número é especialmente chamativo porque remonta aos níveis de 2010, quando deixaram a igreja mais de 181 mil pessoas no que foi o pior dos últimos 20 anos, e rompe com dois anos consecutivos nos quais esta evolução tinha decrescido.

Papa pede perdão "pelos pecados gravíssimos de abusos sexuais" cometidos por membros da igreja

A ascensão das baixas na igreja católica coincidiu agora com o escândalo do bispo da diocese de Limburgo (oeste), Franz-Peter Tebartz-van Elst, que gastou 40 milhões de euros em sua nova residência episcopal frente aos 5,5 milhões de orçamento inicialmente previstos.

Publicidade

Perante o alvoroço causado no país, Tebartz foi afastado de seu cargo temporariamente até que em 26 de março o papa Francisco aceitou definitivamente sua renúncia.

Questionada sobre este ponto pela Agência Efe, a Conferência Episcopal alemã se referiu ao comunicado enviado por seu presidente, o arcebispo de Munique, Reinhard Marx, quando o resultado foi anunciado.

Publicidade

Então, Marx reconhecia que os números mostrados pelo estudo eram "dolorosos" e que deveriam ser levados a "sério", ao mesmo tempo em que encorajava os membros da igreja católica a enfrentar este "desafio".

"Devemos assumir o alto número de baixas, de modo que voltemos a recuperar a confiança em todos os níveis através de um trabalho bom e convincente" escreveu Marx.

Publicidade

No entanto, segundo afirmou nesta semana a imprensa alemã, não só os escândalos põem em risco o número de fiéis, mas aponta a nova regulamentação dos impostos eclesiásticos como uma dor de cabeça para as igrejas católica do país.

Este "imposto eclesiástico" é pago pelos contribuintes registrados como crentes, o que equivale a 9% de seu salário.

Até agora, a retenção não era automática, mas era cada contribuinte que devia fazê-la efetiva, o que não acontecia em muitos casos.

Por isso, uma nova regulação obrigará que a partir de 1º de janeiro a taxa seja retida diretamente extraída dos rendimentos, medida que originou alguns protestos e teme-se que origine uma nova leva de baixas.

Segundo publicaram os meios de comunicação alemães, alguns membros eclesiásticos temem que o novo sistema de arrecadação possa ser confundido com uma suposta "cobiça insaciável" por parte das autoridades religiosas.

Estes impostos reportaram em 2013 cerca de 5,4 bilhões de euros à igreja católica, enquanto a evangélica obteve pouco mais de 4,84 bilhões de euros.

Berlim terá primeira 'igreja-mesquita-sinagoga' para unir religiões

Fé e ostentação: Igreja da Cientologia inaugura prédio com saunas, aparelhos de ginástica e salas de jantar

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.