O corpo da empregada doméstica filipina Joanna Demafelis, de 29 anos, encontrado em um freezer no Kuwait na última semana, chegou à sua cidade natal Iloilo neste sábado (17) em meio à comoção causada por sua morte. As informações são da agência Reuters.
O caso gerou um atrito diplomático entre as duas nações e levantou debates sobre os abusos sofridos por trabalhadores imigrantes no Kuwait — a estimativa é de que aproximadamente 150 mil filipinos atuem como funcionários domésticos no país. Nos últimos anos, têm sido frequentes os relatos de maus-tratos por parte dos empregadores.
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Joanna morava no Kuwait há quatro anos e trabalhava como doméstica na casa de uma mulher síria e seu marido libanês, principais suspeitos de seu assassinato que se encontram atualmente foragidos. As autoridades kuaitianas acreditam que o casal tenha deixado o país.
Durante a chegada de seu corpo à cidade de Iloilo, manifestantes empunhavam placas de "Justiça para Joanna" e "Descanse em paz".
Após o encontro do corpo de Joanna, o presidente das Filipinas Rodrigo Duterte ofereceu passagens de volta para casa para aproximadamente 10.000 trabalhadores filipinos no Kuwait e proibiu novas emigrações para o país situado no Golfo Pérsico.
O ministro do Interior filipino, por sua vez, afirmou que o governo kuaitiano garantiu que as investigações sobre o caso de Joanna serão levadas adiante — ainda que as autoridades tenham declarado anteriormente que a proibição de poderia afetar os laços entre os dois países.