A cheia dos rios Shebelle e Juba, na Somália, já afetou a vida de quase 500 mil pessoas na Somália. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), essa é a pior enchente dos últimos 50 anos no país.
A ONU informa ainda que pelo menos três pessoas morreram por conta das inundações. Duas seriam crianças.
As chuvas acontecem apenas dois meses depois de uma seca sem precedentes que deixou cerca de 6 milhões de pessoas precisando de ajuda humanitária no país, no ano passado.
O Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed visitou as áreas afetadas pelas enchentes e pediu ajuda humanitária urgente para a comunidade internacional.
Segundo o Conselho Norueguês de Refugiados, que atua no país, mais de 50 mil pessoas estão em abrigos provisórios em Mogadíscio, capital da Somália.
Apenas em Beled Weyne, cerca de 122 mil pessoas precisaram sair de suas casa por conta da chuva.
O Conselho Norueguês de Refugiados contabiliza que pelos menos 1,5 milhão de pessoas necessite de abrigo no país, atualmente.
Provável surto de cólera
As inundações acabaram destruindo latrinas e fossas sépticas no país, o que pode acarretar em futuras epidemias de cólera, malária e outras doenças muito em breve.
Grande parte da população atingida não possui acesso a água tratada ou banheiros.
Para tentar reduzir os danos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já entregou 4,5 milhões de toneladas de remédios e outros suprimentos médicos para a cidade de Beled Weyne, a 350 quilômetros da capital.