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Ex-funcionários do Pentágono despontam como favoritos para suceder Hagel

Internacional|

Miriam Burgués. Washington, 25 nov (EFE).- Dois ex-funcionários do Pentágono, Ashton Carter e Michele Flournoy, apareciam nesta terça-feira como os candidatos favoritos para substituir Chuck Hagel à frente do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e dirigir uma campanha militar contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI). Logo após a notícia nesta segunda-feira da renúncia de Hagel, anunciada oficialmente pelo presidente Barack Obama, começaram a soar os nomes de Carter e de Flournoy, que, se for escolhida, seria a primeira mulher da história a chegar à chefia do Pentágono. Também se falou do senador democrata Jack Reed (Rhode Island), mas um porta-voz esclareceu em seguida que o legislador não quer ser considerado para dirigir o Pentágono ou qualquer outra pasta do governo de Obama. Carter e Flournoy já estiveram nas apostas quando Obama nomeou Hagel em janeiro de 2013 para tomar as rédeas do Pentágono em substituição de Leon Panetta, que decidiu retirar-se para voltar para sua Califórnia natal. Flournoy, de 53 anos, foi a chefe de política do Pentágono de 2009 a 2012, primeiro com Robert Gates como secretário de Defesa e depois com Panetta. Deixou o Pentágono por questões pessoais e atualmente é a diretora-executiva do Center for a New American Security, um centro independente de análise política. Por sua vez, Carter, de 60 anos, foi o "número dois" do Pentágono entre outubro de 2011 e dezembro de 2013, quando renunciou alegando razões pessoais e porque, aparentemente, se sentia incomodado com as ordens de Hagel, dadas suas aspirações de dirigir essa pasta. Tanto Flournoy como Carter são "opções sólidas" para liderar o Departamento de Defesa, considerou nesta segunda-feira o influente senador republicano Lindsey Graham (Carolina do Sul). Analistas e jornalistas concordaram hoje que os dois "cresceram" profissionalmente no Pentágono e contam com apoio dentro dessa instituição, algo que não ocorria no caso de Hagel, ex-senador republicano por Nebraska e veterano da Guerra do Vietnã. Como o próprio Obama lembrou ontem, Hagel chegou ao Pentágono em fevereiro de 2013, em um momento "de transição", com a tarefa de tramitar a retirada das tropas americanas do Afeganistão, que deve terminar no final de ano, e o corte do orçamento governamental para Defesa. No caminho, a crise com a Rússia pelo conflito na Ucrânia e a ascensão do Estado Islâmico puseram a toda prova sua liderança, ao que somou-se, além disso, a dificuldade de Hagel para conectar-se com o círculo de assessores mais próximos a Obama. Em um momento de guerra aberta contra os jihadistas, com ataques aéreos no Iraque e Síria executados por uma coalizão internacional liderada pelas EUA, Obama acredita ser necessário outro tipo de liderança no Pentágono e assim fez saber a Hagel, cuja saída foi de mútuo acordo com o presidente, segundo a Casa Branca. Além disso, Hagel questionou recentemente que a estratégia atual dos EUA na Síria tenha permitido ao presidente Bashar al Assad reter o poder, em um memorando dirigido à principal assessora de segurança nacional de Obama, Susan Rice. Houve tensões também sobre Guantánamo, já que a Casa Branca pressionou Hagel durante todo este ano para que agilizasse o cumprimento das diretrizes presidenciais emitidas para reduzir gradualmente o número de presos nessa prisão localizada em uma base militar em Cuba. Obama e Hagel, que seguirá no cargo até que se designe seu substituto, tornaram-se amigos quando ambos eram senadores e concordaram na rejeição à Guerra do Iraque iniciada pelo ex-presidente George W. Bush. A decisão de deixar o Pentágono "não é fácil para ele, mas me considero muito afortunado de tê-lo tido como secretário de Defesa", resumiu ontem o presidente. EFE mb/rsd

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