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FMI estima que América Latina continuará com baixo crescimento em 2015

Internacional|

Washington, 1 abr (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) manterá as baixas estimativas de crescimento para a América Latina no próximo Relatório de Previsões Econômicas Globais (WEO) com riscos a médio prazo, como a falta de espaço fiscal. Em conferência sobre as tendências macroeconômicas na região organizada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Hamid Fariqee, economista do FMI, afirmou nesta quarta-feira que o novo relatório do WEO, que será publicado em meados deste mês, continuará a mostrar o baixo crescimento da região. As projeções divulgadas na atualização parcial de janeiro indicava um crescimento de 1,3% em 2015 e de 2,3% em 2016 na América Latina e no Caribe, menores que as publicadas em outubro. O chefe da divisão que elabora os relatórios regionais do FMI para o continente americano afirmou que "o baixo crescimento continuará em 2015" na América Latina e no Caribe. O economista disse que as previsões de crescimento serão ligeiramente mais sólidas em países mais ao norte. No sul, os dados serão "frágeis". Segundo Fariqee, a América Latina enfrenta desafios a médio prazo com o aumento do valor do dólar, enquanto a falta de espaço fiscal pode complicar o ritmo de reformas estruturais e a adoção de políticas destinadas a absorver impactos e aumentar o potencial de crescimento. "As opções de políticas de estímulo são limitadas, não há muita capacidade para estímulo a curto prazo em muitos países", explicou Fariqee, que acrescentou que o principal desafio da região é "fortalecer o crescimento". O baixo crescimento, na opinião do FMI, obriga a abordar reformas em educação, infraestruturas e abertura econômica para evitar "deficiências estruturais" e aumentar o crescimento a médio prazo. Entre os aspectos negativos que contribuem para que o crescimento continue sendo decepcionante na região estão, segundo o FMI, "o baixo investimento, as economias em baixa e a baixa produtividade". Além disso, a falta de diversificação econômica, em termos de "sofisticação" e pela grande dependência nas matérias-primas, é outra das razões para que o potencial de crescimento siga baixo em comparação com outras regiões emergentes. Os comentários foram feitos na apresentação em Washington do relatório macroeconômico do BID "O labirinto. Como América Latina e Caribe podem navegar na economia global". Andrew Powell, coordenador do relatório do BID, também destacou que as economias latino-americanas seseão influenciadas em diferentes graus pelos baixos preços do petróleo, pelo dólar mais forte e pelo crescimento americano, com a América Central como principal beneficiada. Alberto Ades, economista do Bank of America, afirmou que a América Latina tende a se inclinar politicamente para o "centro ou para a direita quando as condições econômicas se deterioram", o que em sua opinião "é uma oportunidade para o FMI e o BID venderem uma agenda de reformas". EFE jmr/vnm (vídeo)

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