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Fome aumenta no mundo pelo 3º ano consecutivo, alerta ONU

Meta global de acabar com a fome até 2030 está comprometida. Ao mesmo tempo, 672 milhões de adultos estão obesos

Internacional|

Fome aumentou em todo o mundo pelo terceiro ano consecutivo
Fome aumentou em todo o mundo pelo terceiro ano consecutivo Fome aumentou em todo o mundo pelo terceiro ano consecutivo

A fome aumentou em todo o mundo pelo terceiro ano consecutivo, estimulada por conflitos e pela mudança climática, alertou a ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (11), colocando em risco a meta global de acabar com a fome até 2030.

A fome parece estar aumentando em quase toda a África e na América do Sul, com 821 milhões de pessoas — uma em cada nove — passando fome em 2017, de acordo com o relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo de 2018.

Ao mesmo tempo, 672 milhões de adultos — mais de um em oito — estão obesos, um aumento em relação aos 600 milhões de 2014.

"Sem esforços maiores, existe o risco de não se atingir a meta dos ODM de erradicar a fome até 2030", disse o relatório, em referência aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU adotados por países-membros em 2015.

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Esse foi o terceiro ano consecutivo no qual os níveis mundiais da fome aumentaram, após uma década de reduções.

A editora do relatório, Cindy Holleman, disse que a variação crescente de temperaturas, as chuvas inconstantes e as mudança nas estações estão afetando a disponibilidade e a qualidade dos alimentos.

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"É por isso que estamos dizendo que precisamos agir agora", disse Cindy, economista-sênior de segurança alimentar e nutrição da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

"Porque estamos preocupados de que não irá melhorar, que só irá piorar", disse à Thomson Reuters Foundation.

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No ano passado, quase 124 milhões de pessoas em 51 países enfrentaram níveis críticos de fome causados por conflitos e desastres climáticos, segundo a ONU.

Muitas nações que passam por conflitos prolongados, como Iêmen, Somália, Sudão do Sul e Afeganistão, também sofreram um ou mais choques climáticos, como secas e enchentes, informou o relatório.

Na segunda-feira, a instituição de caridade Save the Children disse que 600 mil crianças localizadas em zonas de guerra podem morrer de fome extrema até o final deste ano, à medida que a redução de fundos entra em vigor e partes em conflito impedem a chegada de suprimentos a pessoas necessitadas.

A ONU disse que a deterioração do quadro da fome na América do Sul pode se dever aos preços baixos das principais commodities de exportação da região — especialmente o petróleo.

Até junho, a falta de alimentos já havia levado estimadas 2,3 milhões de pessoas a fugirem da Venezuela, segundo a ONU.

O acesso incerto ou insuficiente à comida também contribui para a obesidade, porque pessoas com recursos financeiros limitados podem optar por alimentos mais baratos e energéticos que são ricos em gorduras, sal e açúcar, acrescentou o relatório.

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