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Breast ironing: seios de meninas são comprimidos com barras de ferro para que não se desenvolvam

Forma de mutilação genital feminina, comum em Camarões, passou a ser vista no Reino Unido

Internacional|Do R7

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Enquanto as atenções do mundo finalmente se voltaram a práticas relacionadas à FGM (Mutilação Genital Feminina, na sigla em inglês), militantes passaram a chamar a atenção para um novo hábito de tortura pouco conhecido e divulgado.  Em inglês, a prática é chamada de “breast ironing”, e se dá no período da puberdade, quando os seios das garotas começam a crescer. Para evitar que eles se desenvolvam, os pais das jovens esquentam espátulas ou barras de ferro e comprimem seus seios. O procedimento é comum em Camarões, país africano, mas passou a ocorrer também em regiões do Reino Unido. As informações são do canal de TV britânico Channel 4 News
Segundo praticantes do ato, a medida tem o objetivo de evitar que o corpo das meninas comece a chamar a atenção dos homens — prevenindo, assim, gravidez e estupros.  Segundo ONGs e vítimas, a prática começou a ser observada no Reino Unido após a diáspora do Oeste Africano — em que muitos moradores da região se alojaram em países do grupo. As fontes pediram, ainda, que autoridades dos países ingleses tomem medidas necessárias para evitar esse tipo de tortura
Uma vítima que não quis ser identificada contou ao jornal como foi sujeita à prática quando estava entrando na puberdade, em Camarões. Carine (nome fictício) mostrou as cicatrizes em seus seios. Um deles é significativamente menor que o outro, mas ela diz que o grande estrago feito foi em sua autoestima. — Meu pai insistiu que minha mãe começasse a comprimir meus seios com barras de ferro quentes, no período em que meu corpo começou a mudar. Ele dizia: ‘homens vão começar a olhar para ela'
— Eles colocavam a espátula no fogo e deixavam-na esquentar; então, depois que estivesse devidamente quente, usavam-na para comprimir meus seios.  O costume, que era muito comum em Camarões, começou a ser relatado no Togo, na República de Guiné, na África do Sul e na Costa do Marfim. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,8 milhões de adolescentes são afetadas pela prática
Além de causar extrema dor, a prática faz com que as garotas fiquem vulneráveis a muitos problemas de saúde, inclusive estimula o desenvolvimento de cistos e a deformação da pele. Segundo especialistas, o "breast ironing" pode até mesmo fazer com que ambos os seios desapareçam
A pediatra da comunidade de Lewisham Sian Morgan organizou um treinamento para profissionais de saúde relacionado ao tratamento da compressão dos seios. Ela disse ao Channel 4 News que conheceu um médico em Londres que havia tratado uma vítima do procedimento, e que ele a ensinou como agir em casos similares
A Fundação Cawogido (Organização de Desenvolvimento de Mulheres e Meninas, na sigla em inglês) está trabalhando tanto em Camarões como no Reino Unido para combater o problema, incentivando comunidades a relatarem casos presenciados e a não se calarem diante de tamanha tortura 
A cofundadora da Cawogido, Margaret Nyuydzewira, disse que as autoridades precisam agir e trabalhar mais rápido para garantirem o fim da mutilação genital feminina no Reino Unido — problema que tem sido pouco noticiado 
Segundo a Fundação, não há processos abertos contra a prática, uma vez que a maior parte das adolescentes que passam pela tortura não relatam os casos às autoridades, provavelmente por medo. Para os representantes da causa, o motivo pelo qual essas comunidades no Reino Unido continuam comprimindo os seios das adolescentes continua sendo uma incógnita.  Contudo, uma campanha da FGM acredita que a prática está mais relacionada aos hábitos abusivos comuns nessas comunidades do que com o intuito de evitar os olhares masculinos, como os próprios praticantes defendem 
A Acpo (Associação das Delegacias de Chefes de Polícia) afirmou que está muito preocupada e que continua trabalhando com essas comunidades para encorajar pessoas a divulgar os crimes.  — A prática é algo sobre o qual temos consciência, sensibilidade, e é isso que queremos passar para as comunidades. Queremos acabar com esse tipo de tortura

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Enquanto as atenções do mundo finalmente se voltaram a práticas relacionadas à FGM (Mutilação Genital Feminina, na sigla em inglês), militantes passaram a chamar a atenção para um novo hábito de tortura pouco conhecido e divulgado.  Em inglês, a prática é chamada de “breast ironing”, e se dá no período da puberdade, quando os seios das garotas começam a crescer. Para evitar que eles se desenvolvam, os pais das jovens esquentam espátulas ou barras de ferro e comprimem seus seios. O procedimento é comum em Camarões, país africano, mas passou a ocorrer também em regiões do Reino Unido. As informações são do canal de TV britânico Channel 4 News
Segundo praticantes do ato, a medida tem o objetivo de evitar que o corpo das meninas comece a chamar a atenção dos homens — prevenindo, assim, gravidez e estupros.  Segundo ONGs e vítimas, a prática começou a ser observada no Reino Unido após a diáspora do Oeste Africano — em que muitos moradores da região se alojaram em países do grupo. As fontes pediram, ainda, que autoridades dos países ingleses tomem medidas necessárias para evitar esse tipo de tortura
Uma vítima que não quis ser identificada contou ao jornal como foi sujeita à prática quando estava entrando na puberdade, em Camarões. Carine (nome fictício) mostrou as cicatrizes em seus seios. Um deles é significativamente menor que o outro, mas ela diz que o grande estrago feito foi em sua autoestima. — Meu pai insistiu que minha mãe começasse a comprimir meus seios com barras de ferro quentes, no período em que meu corpo começou a mudar. Ele dizia: ‘homens vão começar a olhar para ela'
— Eles colocavam a espátula no fogo e deixavam-na esquentar; então, depois que estivesse devidamente quente, usavam-na para comprimir meus seios.  O costume, que era muito comum em Camarões, começou a ser relatado no Togo, na República de Guiné, na África do Sul e na Costa do Marfim. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,8 milhões de adolescentes são afetadas pela prática
Além de causar extrema dor, a prática faz com que as garotas fiquem vulneráveis a muitos problemas de saúde, inclusive estimula o desenvolvimento de cistos e a deformação da pele. Segundo especialistas, o "breast ironing" pode até mesmo fazer com que ambos os seios desapareçam
A pediatra da comunidade de Lewisham Sian Morgan organizou um treinamento para profissionais de saúde relacionado ao tratamento da compressão dos seios. Ela disse ao Channel 4 News que conheceu um médico em Londres que havia tratado uma vítima do procedimento, e que ele a ensinou como agir em casos similares
A Fundação Cawogido (Organização de Desenvolvimento de Mulheres e Meninas, na sigla em inglês) está trabalhando tanto em Camarões como no Reino Unido para combater o problema, incentivando comunidades a relatarem casos presenciados e a não se calarem diante de tamanha tortura 
A cofundadora da Cawogido, Margaret Nyuydzewira, disse que as autoridades precisam agir e trabalhar mais rápido para garantirem o fim da mutilação genital feminina no Reino Unido — problema que tem sido pouco noticiado 
Segundo a Fundação, não há processos abertos contra a prática, uma vez que a maior parte das adolescentes que passam pela tortura não relatam os casos às autoridades, provavelmente por medo. Para os representantes da causa, o motivo pelo qual essas comunidades no Reino Unido continuam comprimindo os seios das adolescentes continua sendo uma incógnita.  Contudo, uma campanha da FGM acredita que a prática está mais relacionada aos hábitos abusivos comuns nessas comunidades do que com o intuito de evitar os olhares masculinos, como os próprios praticantes defendem 
A Acpo (Associação das Delegacias de Chefes de Polícia) afirmou que está muito preocupada e que continua trabalhando com essas comunidades para encorajar pessoas a divulgar os crimes.  — A prática é algo sobre o qual temos consciência, sensibilidade, e é isso que queremos passar para as comunidades. Queremos acabar com esse tipo de tortura

Enquanto as atenções do mundo finalmente se voltaram a práticas relacionadas à FGM (Mutilação Genital Feminina, na sigla em inglês), militantes passaram a chamar a atenção para um novo hábito de tortura pouco conhecido e divulgado.  Em inglês, a prática é chamada de “breast ironing”, e se dá no período da puberdade, quando os seios das garotas começam a crescer. Para evitar que eles se desenvolvam, os pais das jovens esquentam espátulas ou barras de ferro e comprimem seus seios. O procedimento é comum em Camarões, país africano, mas passou a ocorrer também em regiões do Reino Unido. As informações são do canal de TV britânico Channel 4 News

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