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Clube de equitação luta para ficar aberto em meio a revoltas no Sudão

As corridas de cavalos foram interrompidas e a participação nas aulas equestres diminuiu depois que os protestos eclodiram nas ruas poeirentas de Cartum

Internacional|ccmarques

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Por décadas, o Equestrian and Racing Club (Clube Equestre e de Corridas) deu aos sudaneses mais ricos a chance de aprender a andar a cavalo e assistir a corridas de cavalos em um complexo separado da agitação urbana da capital Cartum
Mas o clube teve que cortar as atividades desde que a conflitos populares eclodiram em dezembro de 2018, levando à queda do presidente autocrático Omar al-Bashir em abril, prejudicando a vida da alta sociedade
As corridas de cavalos foram interrompidas e a participação nas aulas equestres diminuiu depois que os protestos eclodiram nas ruas poeirentas de Cartum, com a perda de dezenas de vidas quando as forças de segurança reprimiram os manifestantes
"O principal problema é que as pessoas não têm dinheiro suficiente (para o clube), já que precisam dele para viver, não para levar as crianças a andar a cavalo", disse Rafat Awad, tesoureiro do clube
"Você vê a situação em nosso país, pessoas morrendo. Algumas pessoas estão tristes, outras estão com raiva, outras ainda estão travando uma revolução, então percebemos que não era certo organizar competições"
O clube foi fundado em 1908 sob o domínio colonial britânico, mas as apostas nas corridas de cavalos terminaram em 1983 quando a sharia (lei islâmica) entrou em vigor. Antes de serem interrompidas, corridas de cavalos eram realizadas por meio de patrocínios e cerca de 200 cavalos são mantidos nos estábulos do clube
Nas últimas semanas, houve um ressurgimento modesto dos visitantes do clube, já que a violência diminuiu após um acordo de transição política entre o conselho militar temporário e os líderes da oposição
Cerca de duas dúzias de pessoas, incluindo crianças, vêm para aulas de equitação à noite, depois que o calor do dia diminui, frequentemente assistido por suas famílias
São oferecidas aulas diariamente, exceto sexta-feira, dia sagrado muçulmano, por 1.400 libras sudanesas (quase US$ 20) por mês — uma soma além dos meios da maioria dos sudaneses, sem falar no custo de comprar e manter um cavalo no clube
Algumas integrantes do clube descrevem como tiveram que superar a desaprovação das mulheres que participam do esporte, amplamente difundida no Sudão islâmico
Sagda, de 24 anos, um membro do clube que montava há 11 anos, disse: "Minha mãe me trouxe aqui, minha família não se importa que eu seja uma mulher. "Pode ser um pouco difícil — algumas pessoas desaprovam a maneira como nos vestimos", acrescentou, aludindo a roupas equestres justas

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Por décadas, o Equestrian and Racing Club (Clube Equestre e de Corridas) deu aos sudaneses mais ricos a chance de aprender a andar a cavalo e assistir a corridas de cavalos em um complexo separado da agitação urbana da capital Cartum
Mas o clube teve que cortar as atividades desde que a conflitos populares eclodiram em dezembro de 2018, levando à queda do presidente autocrático Omar al-Bashir em abril, prejudicando a vida da alta sociedade
As corridas de cavalos foram interrompidas e a participação nas aulas equestres diminuiu depois que os protestos eclodiram nas ruas poeirentas de Cartum, com a perda de dezenas de vidas quando as forças de segurança reprimiram os manifestantes
"O principal problema é que as pessoas não têm dinheiro suficiente (para o clube), já que precisam dele para viver, não para levar as crianças a andar a cavalo", disse Rafat Awad, tesoureiro do clube
"Você vê a situação em nosso país, pessoas morrendo. Algumas pessoas estão tristes, outras estão com raiva, outras ainda estão travando uma revolução, então percebemos que não era certo organizar competições"
O clube foi fundado em 1908 sob o domínio colonial britânico, mas as apostas nas corridas de cavalos terminaram em 1983 quando a sharia (lei islâmica) entrou em vigor. Antes de serem interrompidas, corridas de cavalos eram realizadas por meio de patrocínios e cerca de 200 cavalos são mantidos nos estábulos do clube
Nas últimas semanas, houve um ressurgimento modesto dos visitantes do clube, já que a violência diminuiu após um acordo de transição política entre o conselho militar temporário e os líderes da oposição
Cerca de duas dúzias de pessoas, incluindo crianças, vêm para aulas de equitação à noite, depois que o calor do dia diminui, frequentemente assistido por suas famílias
São oferecidas aulas diariamente, exceto sexta-feira, dia sagrado muçulmano, por 1.400 libras sudanesas (quase US$ 20) por mês — uma soma além dos meios da maioria dos sudaneses, sem falar no custo de comprar e manter um cavalo no clube
Algumas integrantes do clube descrevem como tiveram que superar a desaprovação das mulheres que participam do esporte, amplamente difundida no Sudão islâmico
Sagda, de 24 anos, um membro do clube que montava há 11 anos, disse: "Minha mãe me trouxe aqui, minha família não se importa que eu seja uma mulher. "Pode ser um pouco difícil — algumas pessoas desaprovam a maneira como nos vestimos", acrescentou, aludindo a roupas equestres justas

Por décadas, o Equestrian and Racing Club (Clube Equestre e de Corridas) deu aos sudaneses mais ricos a chance de aprender a andar a cavalo e assistir a corridas de cavalos em um complexo separado da agitação urbana da capital Cartum

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