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CRISE HUMANITÁRIA

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"Eu sou imigrante": Projeto expõe lado humano da crise de refugiados na Grécia

Jornalista brasileiro é um dos criadores do programa em Atenas

Internacional|Do R7

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Produzir conteúdo sobre a crise de refugiados na Grécia do ponto de vista dos próprios imigrantes. Esse é o objetivo do projeto I am Immigrant (Eu sou imigrante, em tradução livre), criado pelo jornalista brasileiro André Naddeo, de 35 anos, para dar voz a pessoas alojadas em ocupações, apartamentos e repartições públicas de Atenas
Idealizado a partir de um projeto já existente que Naddeo realizou entre abril e junho do ano passado, o I am Immigrant busca a essência do jornalismo comunitário e oferece aulas de inglês, fotografia, vídeos e entrevistas para que refugiados contem suas histórias de forma independente
Para o jornalista, a cobertura da mídia em geral é muito injusta e o que falta são aspectos mais humanos dos veículos de comunicação. — O jornalista acaba fazendo sempre as mesmas perguntas, como foi a viagem nos barcos e quem dá família morreu. É sempre mais do mesmo e aqui eu vim com uma tentativa diferente, de colocar um lado mais humano nessas histórias.
Ao todo, são mais de 20 alunos que participam do curso, em sua maioria sírios e afegãos, mas também com marroquinos, argelinos, egípcios e iranianos. O conteúdo é vasto e vai desde noções básicas de foco, luz e composição até maneiras de criar roteiros para fazer entrevistas
A partir dessas, os próprios participantes do projeto se filmam, se fotografam e produzem um produto final, que é um documentário em vários capítulos contando sua história.  — Minha ideia é que essas pessoas sejam multiplicadoras, que elas possam passar mensagens a diante e tenham suas próprias ferramentas para se expressar
Paralelamente, Naddeo ainda mantém o Drawfugees, que serviu de origem para o I am Immigrant e permite que crianças expressem seus dramas vividos em guerras e os sonhos que têm por meio de desenhos
Nessa segunda fase, no entanto, a diferença é agora elas também podem dizer o que querem ser quando crescerem. O objetivo segue o mesmo: dar voz a essas crianças. — Todo mundo lembra da imagem do menininho ensanguentado dentro da ambulância em Aleppo, mas ninguém tenta entender o que passa dentro da cabeça dessas crianças
Criado para ser um projeto independente, a primeira fase do Drawfugees, que foi realizada no porto de Pireu, não teve financiamento algum. Todas as despesas saíram do próprio bolso de Naddeo, diferente do que aconteceu com o I am Immigrant
Na segunda fase, um colega do irmão do jornalista soube do projeto e decidiu financiar todos os valores. "Ele me viu dando uma entrevista ao vivo na TV, se encantou com o projeto e resolveu bancar essa segunda parte", explica
No início, em Pireu, André trabalhou por 45 dias apenas com a ajuda de uma tradutora árabe e de um tradutor para farsi, uma língua persa pertencente a um subgrupo de idiomas iranianos. Na segunda fase, mais três jornalistas brasileiros e um cinegrafista português começaram a fazer parte da equipe. A divulgação das imagens e desenhos produzidos pelas crianças têm a autorização dos pais para publicação e divulgação
O sírio Mohamed Al Kadad, 8, desenhou ele mesmo no futuro voltando do trabalho enquanto os filhos dele brincam no quintal
A pequena Tala Khalil, de 4 anos, desenhou baratas e disse que na Turquia há muitas delas 
A garotinha síria Isra Brho, de 7 anos, quer ser professora e desenhou seus alunos.  — Quando eu crescer eu quero ser professora. Simplesmente porque eu quero que todas as crianças refugiadas sejam inteligentes
O personagem de desenho animado Bob Esponja é o personagem favorito de Asma, que desenhou o calça-quadrada, como o personagem é conhecido, com as bandeiras do Afeganistão e da Grécia *Texto e apuração: Caique Alencar

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Produzir conteúdo sobre a crise de refugiados na Grécia do ponto de vista dos próprios imigrantes. Esse é o objetivo do projeto I am Immigrant (Eu sou imigrante, em tradução livre), criado pelo jornalista brasileiro André Naddeo, de 35 anos, para dar voz a pessoas alojadas em ocupações, apartamentos e repartições públicas de Atenas
Idealizado a partir de um projeto já existente que Naddeo realizou entre abril e junho do ano passado, o I am Immigrant busca a essência do jornalismo comunitário e oferece aulas de inglês, fotografia, vídeos e entrevistas para que refugiados contem suas histórias de forma independente
Para o jornalista, a cobertura da mídia em geral é muito injusta e o que falta são aspectos mais humanos dos veículos de comunicação. — O jornalista acaba fazendo sempre as mesmas perguntas, como foi a viagem nos barcos e quem dá família morreu. É sempre mais do mesmo e aqui eu vim com uma tentativa diferente, de colocar um lado mais humano nessas histórias.
Ao todo, são mais de 20 alunos que participam do curso, em sua maioria sírios e afegãos, mas também com marroquinos, argelinos, egípcios e iranianos. O conteúdo é vasto e vai desde noções básicas de foco, luz e composição até maneiras de criar roteiros para fazer entrevistas
A partir dessas, os próprios participantes do projeto se filmam, se fotografam e produzem um produto final, que é um documentário em vários capítulos contando sua história.  — Minha ideia é que essas pessoas sejam multiplicadoras, que elas possam passar mensagens a diante e tenham suas próprias ferramentas para se expressar
Paralelamente, Naddeo ainda mantém o Drawfugees, que serviu de origem para o I am Immigrant e permite que crianças expressem seus dramas vividos em guerras e os sonhos que têm por meio de desenhos
Nessa segunda fase, no entanto, a diferença é agora elas também podem dizer o que querem ser quando crescerem. O objetivo segue o mesmo: dar voz a essas crianças. — Todo mundo lembra da imagem do menininho ensanguentado dentro da ambulância em Aleppo, mas ninguém tenta entender o que passa dentro da cabeça dessas crianças
Criado para ser um projeto independente, a primeira fase do Drawfugees, que foi realizada no porto de Pireu, não teve financiamento algum. Todas as despesas saíram do próprio bolso de Naddeo, diferente do que aconteceu com o I am Immigrant
Na segunda fase, um colega do irmão do jornalista soube do projeto e decidiu financiar todos os valores. "Ele me viu dando uma entrevista ao vivo na TV, se encantou com o projeto e resolveu bancar essa segunda parte", explica
No início, em Pireu, André trabalhou por 45 dias apenas com a ajuda de uma tradutora árabe e de um tradutor para farsi, uma língua persa pertencente a um subgrupo de idiomas iranianos. Na segunda fase, mais três jornalistas brasileiros e um cinegrafista português começaram a fazer parte da equipe. A divulgação das imagens e desenhos produzidos pelas crianças têm a autorização dos pais para publicação e divulgação
O sírio Mohamed Al Kadad, 8, desenhou ele mesmo no futuro voltando do trabalho enquanto os filhos dele brincam no quintal
A pequena Tala Khalil, de 4 anos, desenhou baratas e disse que na Turquia há muitas delas 
A garotinha síria Isra Brho, de 7 anos, quer ser professora e desenhou seus alunos.  — Quando eu crescer eu quero ser professora. Simplesmente porque eu quero que todas as crianças refugiadas sejam inteligentes
O personagem de desenho animado Bob Esponja é o personagem favorito de Asma, que desenhou o calça-quadrada, como o personagem é conhecido, com as bandeiras do Afeganistão e da Grécia *Texto e apuração: Caique Alencar

Produzir conteúdo sobre a crise de refugiados na Grécia do ponto de vista dos próprios imigrantes. Esse é o objetivo do projeto I am Immigrant (Eu sou imigrante, em tradução livre), criado pelo jornalista brasileiro André Naddeo, de 35 anos, para dar voz a pessoas alojadas em ocupações, apartamentos e repartições públicas de Atenas

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