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“Mãe, eu não quero morrer”: brasileira lembra terror que viveu com família em terremoto no Nepal

Rosilane Menegassi, o marido e as três crianças estavam em Katmandu no tremor de 25 de abril

Internacional|Do R7

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Do topo da montanha Champadevi, localizada a três horas de Katmandu, a brasileira Rosilane Menegassi observou dezenas de focos de poeira de prédios que desabavam na cidade nepalesa após o terremoto de 7,9 graus da escala Richter, que atingiu o país no último dia 25 de abril. Seu marido e os três filhos também estavam na cidade.   — A única coisa que pensei na hora foi “Deus guarda a minha família”.   Leia a seguir o drama vivenciado pela brasileira no tremor que matou mais de 8.000 pessoas e destruiu o Nepal Sob ameaça de terremoto, brasileiro arrisca a vida para cuidar de crianças carentes no Nepal
Há nove anos morando no Nepal, Rosilane relembra que estava fazendo uma trilha com colegas de um curso de inglês no momento do tremor.   — O dia estava nublado e quando eu pisei em uma escadaria de pedras pensei que o degrau pudesse estar solto. Na verdade, era o terremoto. As pessoas que estavam ao meu redor começaram a gritar. Todo mundo se abraçou e sentou no chão
O primeiro tremor sentido pelo grupo na montanha Champadevi durou cerca de 56 segundos, estima a brasileira. Depois, tremores secundários foram sentidos no país.   — Outros grupos de caminhada chegavam e se juntavam a nós nas escadas. Não tinha como se mover. Nós só pudemos descer depois de duas horas por questão de segurança
Do alto da montanha, a brasileira registrou diversos focos de poeira de prédios que desabavam em Katmandu
Rosilane, Aysha, de 16 anos, Euclydes, de 12 anos, e Yohannes, de seis anos, voltaram para o Brasil na terça-feira (13), mas, mesmo longe do Nepal, o trauma de ter vivido a tragédia ainda não passou.   — O mais novo não pode ouvir uma colher cair no chão ou um alarme de carro que já fica todo assustado, achando que é o alarme de terremoto. Meus filhos ficaram desesperados, principalmente os dois mais novos
Nos primeiros minutos após o terremoto, os serviços de telefonia e internet foram interrompidos. Depois de algum tempo, algumas pessoas conseguiram sinal e emprestaram os celulares para que todos pudessem dar notícias às suas famílias.  Rosilane conseguiu receber uma mensagem do marido, Emerson Menegassi, que estava em casa com os três filhos. Todos estavam bem.   — Recebi a mensagem, mas não consegui enviar uma resposta. Ele só foi ter notícias minhas três horas depois
Menegassi, que ainda está no Nepal, conta que estava dormindo no momento do primeiro tremor. Quando acordou, sentiu que a casa da família balançava fortemente para os lados.   — Eu desci as escadas batendo de um lado para o outro. Como meus filhos foram treinados na escola, eles já haviam corrido para o lado de fora, que é um lugar seguro. Eles tinham lembrado até de levar o cachorro
Na noite após o tremor, a família dormiu na garagem de casa. Rosilane lembra que o alarme de terremoto tocava a todo o momento.   — É muito difícil ouvir seu filho dizer: “mãe, eu não quero morrer”. Você fica com uma sensação de impotência, porque não tem o que fazer nem para onde correr. Passamos frio, porque não tinha coberta suficiente. O nosso cachorro que esquentou um pouco as crianças
Quando o dia amanheceu, a família e alguns vizinhos montaram uma barraca em um campo de terra. No local, ficaram abrigados idosos, crianças e uma bebê de apenas oito meses, até que começou um temporal
"Conforme a chuva foi ficando mais forte, as pessoas foram voltando para suas casas, e isso era desesperador, porque ninguém podia voltar para casa devido ao risco de novos tremores e desabamentos", lembra a brasileira
As Nações Unidas estimam que cerca de 500 mil casas foram destruídas em decorrência do terremoto. Menegassi lembra que, em meio à tragédia, a comunidade nepalesa se uniu para ajudar uns aos outros. — O povo nepalês é muito solidário. Nós e os nossos vizinhos compartilhamos água, comida. Isso foi algo muito bonito de se ver
Muitos sobreviventes do terremoto passaram necessidade nos dias seguintes aos tremores. Por sorte, a família de brasileiros se manteve com kits de sobrevivência que eles guardavam em casa e porque Menegassi conhecia o dono de um mercado
"A princípio estava tudo fechado, muita coisa havia caído e os donos de mercado estavam com medo de serem assaltados, então, eles mantiveram as portas fechadas durante uns quatro dias. Precisei recorrer a um amigo, que abriu uma exceção para eu comprar algumas coisas", afirma Menegassi. Ele decidiu ficar no Nepal sem a família para cuidar de crianças carentes: “Eles são minha família”
A família voltará para o Nepal no dia 8 de julho, mas deve se mudar para a Nova Zelândia em breve. Ao todo, mais de 8.000 pessoas morreram e quase 18 mil ficaram feridas após os tremores de 25 de abril

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Do topo da montanha Champadevi, localizada a três horas de Katmandu, a brasileira Rosilane Menegassi observou dezenas de focos de poeira de prédios que desabavam na cidade nepalesa após o terremoto de 7,9 graus da escala Richter, que atingiu o país no último dia 25 de abril. Seu marido e os três filhos também estavam na cidade.   — A única coisa que pensei na hora foi “Deus guarda a minha família”.   Leia a seguir o drama vivenciado pela brasileira no tremor que matou mais de 8.000 pessoas e destruiu o Nepal Sob ameaça de terremoto, brasileiro arrisca a vida para cuidar de crianças carentes no Nepal
Há nove anos morando no Nepal, Rosilane relembra que estava fazendo uma trilha com colegas de um curso de inglês no momento do tremor.   — O dia estava nublado e quando eu pisei em uma escadaria de pedras pensei que o degrau pudesse estar solto. Na verdade, era o terremoto. As pessoas que estavam ao meu redor começaram a gritar. Todo mundo se abraçou e sentou no chão
O primeiro tremor sentido pelo grupo na montanha Champadevi durou cerca de 56 segundos, estima a brasileira. Depois, tremores secundários foram sentidos no país.   — Outros grupos de caminhada chegavam e se juntavam a nós nas escadas. Não tinha como se mover. Nós só pudemos descer depois de duas horas por questão de segurança
Do alto da montanha, a brasileira registrou diversos focos de poeira de prédios que desabavam em Katmandu
Rosilane, Aysha, de 16 anos, Euclydes, de 12 anos, e Yohannes, de seis anos, voltaram para o Brasil na terça-feira (13), mas, mesmo longe do Nepal, o trauma de ter vivido a tragédia ainda não passou.   — O mais novo não pode ouvir uma colher cair no chão ou um alarme de carro que já fica todo assustado, achando que é o alarme de terremoto. Meus filhos ficaram desesperados, principalmente os dois mais novos
Nos primeiros minutos após o terremoto, os serviços de telefonia e internet foram interrompidos. Depois de algum tempo, algumas pessoas conseguiram sinal e emprestaram os celulares para que todos pudessem dar notícias às suas famílias.  Rosilane conseguiu receber uma mensagem do marido, Emerson Menegassi, que estava em casa com os três filhos. Todos estavam bem.   — Recebi a mensagem, mas não consegui enviar uma resposta. Ele só foi ter notícias minhas três horas depois
Menegassi, que ainda está no Nepal, conta que estava dormindo no momento do primeiro tremor. Quando acordou, sentiu que a casa da família balançava fortemente para os lados.   — Eu desci as escadas batendo de um lado para o outro. Como meus filhos foram treinados na escola, eles já haviam corrido para o lado de fora, que é um lugar seguro. Eles tinham lembrado até de levar o cachorro
Na noite após o tremor, a família dormiu na garagem de casa. Rosilane lembra que o alarme de terremoto tocava a todo o momento.   — É muito difícil ouvir seu filho dizer: “mãe, eu não quero morrer”. Você fica com uma sensação de impotência, porque não tem o que fazer nem para onde correr. Passamos frio, porque não tinha coberta suficiente. O nosso cachorro que esquentou um pouco as crianças
Quando o dia amanheceu, a família e alguns vizinhos montaram uma barraca em um campo de terra. No local, ficaram abrigados idosos, crianças e uma bebê de apenas oito meses, até que começou um temporal
"Conforme a chuva foi ficando mais forte, as pessoas foram voltando para suas casas, e isso era desesperador, porque ninguém podia voltar para casa devido ao risco de novos tremores e desabamentos", lembra a brasileira
As Nações Unidas estimam que cerca de 500 mil casas foram destruídas em decorrência do terremoto. Menegassi lembra que, em meio à tragédia, a comunidade nepalesa se uniu para ajudar uns aos outros. — O povo nepalês é muito solidário. Nós e os nossos vizinhos compartilhamos água, comida. Isso foi algo muito bonito de se ver
Muitos sobreviventes do terremoto passaram necessidade nos dias seguintes aos tremores. Por sorte, a família de brasileiros se manteve com kits de sobrevivência que eles guardavam em casa e porque Menegassi conhecia o dono de um mercado
"A princípio estava tudo fechado, muita coisa havia caído e os donos de mercado estavam com medo de serem assaltados, então, eles mantiveram as portas fechadas durante uns quatro dias. Precisei recorrer a um amigo, que abriu uma exceção para eu comprar algumas coisas", afirma Menegassi. Ele decidiu ficar no Nepal sem a família para cuidar de crianças carentes: “Eles são minha família”
A família voltará para o Nepal no dia 8 de julho, mas deve se mudar para a Nova Zelândia em breve. Ao todo, mais de 8.000 pessoas morreram e quase 18 mil ficaram feridas após os tremores de 25 de abril

Do topo da montanha Champadevi, localizada a três horas de Katmandu, a brasileira Rosilane Menegassi observou dezenas de focos de poeira de prédios que desabavam na cidade nepalesa após o terremoto de 7,9 graus da escala Richter, que atingiu o país no último dia 25 de abril. Seu marido e os três filhos também estavam na cidade.   — A única coisa que pensei na hora foi “Deus guarda a minha família”.   Leia a seguir o drama vivenciado pela brasileira no tremor que matou mais de 8.000 pessoas e destruiu o Nepal Sob ameaça de terremoto, brasileiro arrisca a vida para cuidar de crianças carentes no Nepal

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