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Refugiado questiona após fuga a Bangladesh: 'Por que nos torturam?'

Massacrado, povo Rohingya revela extermínio liderado por Mianmar

Internacional|Do R7

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Em 2017, a crise humanitária se agravou no mundo, e refugiados de muitas nacionalidades passaram por situações extremamente violentas. Foi neste ano que explodiram os massacres e a fuga de quase 1 milhão de Rohingyas, etnia muçulmana não reconhecida em Mianmar, apesar de viver lá (foto acima). O período ficou marcado também por fugas desesperadas em botes improvisados pelo Mediterrâneo, para chegar à Europa, que, muitas vezes, terminava em mortes.  O mundo se horrorizou com o flagra de mercados humanos na Líbia, com a venda de pessoas transformadas em escravas após serem capturadas no mar Mediterrâneo. O esquema foi filmado por uma equipe de TV da CNN e presenciado pela organização Médicos sem Fronteiras, que esteve no país.  Segundo o relatório 2017 sobre crise humanitária, divulgado pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), no final de 2016, havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus lares por causa de guerras, violência e perseguições. Acompanhe a crise humanitária no mundo com os principais fatos de 2017 nas fotos a seguir *Texto Andrea Miramontes
Setara Begum, de 12 anos, perdeu os dedos dos pés em um bombardeio. Ela está atualmente  no campo de refugiados de Nayapara, em Bangladesh. Sua casa, Maungdaw, foi atingida por um foguete.  A mãe, Arafa, conta que a menina ficou presa no lugar que pegava fogo. "Ela chorava no incêndio, mas era difícil salvá-la. Conseguimos, mas ficou gravemente queimada". O pai de Setara a levou por dois dias para Bangladesh, sem nenhum tratamento para as queimaduras severas. Seus pés se curaram, mas perdeu os dedos. "Ela ficou muda desde esse dia", disse a mãe
Mohamed Heron, de 6 anos, e seu irmão Mohamed Akter, 4, estão no campo de refugiados de Kutupalong, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh. O tio dos meninos, Mohamed Inus, contou que as queimadas aconteceram quando as forças armadas de Myanmar disparam foguetes na aldeia. Mais dois irmãos deles, com 7 anos e um bebê de 10 meses, morreram. O pai sumiu. Os meninos chegaram a Bangladesh depois de uma caminhada de três dias
Os hospitais de Bangladesh e as agências de ajuda internacional lutam para ajudar os feridos. Mais de 600 mil Rohingyas fugiram para Bangladesh, desde que o exército de Myanmar começou a série de ataques ao povoado Rohingya
Ansar Alá, de 11 anos, está no campo de Leda em Bangladesh. Sua cicatriz é resultado de ferimento por bala. "Eles nos pulverizaram com balas, enquanto nossa casa pegava fogo. Não consigo parar de pensar, por que Deus nos colocou naquela situação", diz sua mãe Samara, à agência de notícias
Nur Kamal, de 17 anos,mostra seus ferimentos na cabeça, no campo de refugiados de Kutupalang, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh. O menino foi atingido por balas e facas. Seu tio o encontrou inconsciente em uma poça de sangue. Foram duas semanas até chegar ao Bangladesh. "Queremos que a comunidade internacional nos ajude a obter justiça", diz kamal
Para fugir de violência e massacres, os Rohingyas se deslocaram em massa neste ano para Bangladesh. O número de refugiados por lá bateu 1 milhão. E a situação dessas pessoas que chegaram aos acampamentos de refugiados, para escapar de assassinatos de bebês, mortes e estupros, beira o caos. Abrigados em cabanas improvisadas, a falta de infraestrutura é tamanha, que as pessoas acabam morrendo por desidratação e diarreia, de acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras
Imam Hossain, 42, estava voltando para casa depois de lecionar na aldeia, quando três homens o atacaram com facas. No dia seguinte, pegou a esposa e dois filhos e partiu para Bangladesh. "Quero perguntar ao governo de Mianmar por que estão prejudicando o Rohingya? Por que nos torturam? O que há de errado com a gente?"
Com queimaduras pelo corpo, Mohamed Jabair, de 21 anos, também teve a casa incendiada em Mianmar. Inconsciente e gravemente queimado, Jabair foi carregado por seu irmão por quatro dias até Bangladesh. "Fiquei cego por muitas semanas e com medo de nunca mais enxergar"
O comerciante Abdu Rahaman, 73, fugiu para Leda em Bangladesh. No caminho da fuga pelas montanhas, sofreu uma emboscada, com outros refugiados.  Na ofensiva, teve três dedos cortados. Mesmo com os pés sangrando, caminhou por mais duas horas: "Nosso futuro não é bom"

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Em 2017, a crise humanitária se agravou no mundo, e refugiados de muitas nacionalidades passaram por situações extremamente violentas. Foi neste ano que explodiram os massacres e a fuga de quase 1 milhão de Rohingyas, etnia muçulmana não reconhecida em Mianmar, apesar de viver lá (foto acima). O período ficou marcado também por fugas desesperadas em botes improvisados pelo Mediterrâneo, para chegar à Europa, que, muitas vezes, terminava em mortes.  O mundo se horrorizou com o flagra de mercados humanos na Líbia, com a venda de pessoas transformadas em escravas após serem capturadas no mar Mediterrâneo. O esquema foi filmado por uma equipe de TV da CNN e presenciado pela organização Médicos sem Fronteiras, que esteve no país.  Segundo o relatório 2017 sobre crise humanitária, divulgado pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), no final de 2016, havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus lares por causa de guerras, violência e perseguições. Acompanhe a crise humanitária no mundo com os principais fatos de 2017 nas fotos a seguir *Texto Andrea Miramontes
Setara Begum, de 12 anos, perdeu os dedos dos pés em um bombardeio. Ela está atualmente  no campo de refugiados de Nayapara, em Bangladesh. Sua casa, Maungdaw, foi atingida por um foguete.  A mãe, Arafa, conta que a menina ficou presa no lugar que pegava fogo. "Ela chorava no incêndio, mas era difícil salvá-la. Conseguimos, mas ficou gravemente queimada". O pai de Setara a levou por dois dias para Bangladesh, sem nenhum tratamento para as queimaduras severas. Seus pés se curaram, mas perdeu os dedos. "Ela ficou muda desde esse dia", disse a mãe
Mohamed Heron, de 6 anos, e seu irmão Mohamed Akter, 4, estão no campo de refugiados de Kutupalong, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh. O tio dos meninos, Mohamed Inus, contou que as queimadas aconteceram quando as forças armadas de Myanmar disparam foguetes na aldeia. Mais dois irmãos deles, com 7 anos e um bebê de 10 meses, morreram. O pai sumiu. Os meninos chegaram a Bangladesh depois de uma caminhada de três dias
Os hospitais de Bangladesh e as agências de ajuda internacional lutam para ajudar os feridos. Mais de 600 mil Rohingyas fugiram para Bangladesh, desde que o exército de Myanmar começou a série de ataques ao povoado Rohingya
Ansar Alá, de 11 anos, está no campo de Leda em Bangladesh. Sua cicatriz é resultado de ferimento por bala. "Eles nos pulverizaram com balas, enquanto nossa casa pegava fogo. Não consigo parar de pensar, por que Deus nos colocou naquela situação", diz sua mãe Samara, à agência de notícias
Nur Kamal, de 17 anos,mostra seus ferimentos na cabeça, no campo de refugiados de Kutupalang, perto de Cox's Bazar, em Bangladesh. O menino foi atingido por balas e facas. Seu tio o encontrou inconsciente em uma poça de sangue. Foram duas semanas até chegar ao Bangladesh. "Queremos que a comunidade internacional nos ajude a obter justiça", diz kamal
Para fugir de violência e massacres, os Rohingyas se deslocaram em massa neste ano para Bangladesh. O número de refugiados por lá bateu 1 milhão. E a situação dessas pessoas que chegaram aos acampamentos de refugiados, para escapar de assassinatos de bebês, mortes e estupros, beira o caos. Abrigados em cabanas improvisadas, a falta de infraestrutura é tamanha, que as pessoas acabam morrendo por desidratação e diarreia, de acordo com a organização Médicos Sem Fronteiras
Imam Hossain, 42, estava voltando para casa depois de lecionar na aldeia, quando três homens o atacaram com facas. No dia seguinte, pegou a esposa e dois filhos e partiu para Bangladesh. "Quero perguntar ao governo de Mianmar por que estão prejudicando o Rohingya? Por que nos torturam? O que há de errado com a gente?"
Com queimaduras pelo corpo, Mohamed Jabair, de 21 anos, também teve a casa incendiada em Mianmar. Inconsciente e gravemente queimado, Jabair foi carregado por seu irmão por quatro dias até Bangladesh. "Fiquei cego por muitas semanas e com medo de nunca mais enxergar"
O comerciante Abdu Rahaman, 73, fugiu para Leda em Bangladesh. No caminho da fuga pelas montanhas, sofreu uma emboscada, com outros refugiados.  Na ofensiva, teve três dedos cortados. Mesmo com os pés sangrando, caminhou por mais duas horas: "Nosso futuro não é bom"

Em 2017, a crise humanitária se agravou no mundo, e refugiados de muitas nacionalidades passaram por situações extremamente violentas. Foi neste ano que explodiram os massacres e a fuga de quase 1 milhão de Rohingyas, etnia muçulmana não reconhecida em Mianmar, apesar de viver lá (foto acima). O período ficou marcado também por fugas desesperadas em botes improvisados pelo Mediterrâneo, para chegar à Europa, que, muitas vezes, terminava em mortes.  O mundo se horrorizou com o flagra de mercados humanos na Líbia, com a venda de pessoas transformadas em escravas após serem capturadas no mar Mediterrâneo. O esquema foi filmado por uma equipe de TV da CNN e presenciado pela organização Médicos sem Fronteiras, que esteve no país.  Segundo o relatório 2017 sobre crise humanitária, divulgado pelo Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), no final de 2016, havia cerca de 65,6 milhões de pessoas forçadas a deixar seus lares por causa de guerras, violência e perseguições. Acompanhe a crise humanitária no mundo com os principais fatos de 2017 nas fotos a seguir *Texto Andrea Miramontes

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